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quinta-feira, 9 de maio de 2013
Vírgula - Se beber, não use o ponto e vírgula - Uso da vírgula
Se beber, não use o ponto e vírgula
Em frente ao Hospital Pinel, no Rio de Janeiro, há um painel luminoso da CET-Rio. Com certa frequência, lá encontrávamos a seguinte mensagem:
“Se dirigir; não beba
se beber; não dirija”
Certamente o hospital não tem culpa alguma. Louco ou bêbado estava quem escreveu a tal frase. Não pela mensagem em si, mas pela pontuação da frase. Provavelmente alguém disse para o autor: “Olha, tem um ponto e vírgula aí.” E o “letrado”, por garantia, tascou logo dois.
Ora, onde encontramos o ponto e vírgula bastaria a vírgula, pois se trata de uma oração subordinada adverbial condicional deslocada: “Se dirigir, não beba”. O uso do ponto e vírgula seria perfeito entre as duas ideias, apontando, assim, uma pausa maior que a vírgula:
“Se dirigir, não beba; se beber, não dirija.”
É para isso que serve o ponto e vírgula: para indicar uma pausa maior que a vírgula e não tão forte quanto o ponto-final.
Portanto, o autor da frase acaba de perder 3 pontos na sua carteira de habilitação, por uma infração média contra a gramática.
Para que serve o ponto e vírgula?
Fundamentalmente, o ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula.
Vejamos as situações em que o seu emprego é mais frequente:
1a) para separar os membros de um período longo, especialmente se um deles já estiver subdividido por vírgula:
“Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o ouvinte.”
“Nas sociedades anônimas ou limitadas existem problemas: nestas, porque a incidência de impostos é maior; naquelas, porque as responsabilidades são gerais.”
2a) para separar orações coordenadas adversativas (=porém, contudo, entretanto) e conclusivas (=portanto, logo, por conseguinte):
“Ele trabalha muito; não foi, porém, promovido.” (indica que a primeira pausa é maior, pois separa duas orações)
“Os empregados iriam todos; não havia necessidade, por conseguinte, de ficar alguém no pátio.”
3a) para separar os itens de uma explicação:
“A introdução dos computadores pode acarretar duas consequências: uma, de natureza econômica, é a redução de custos; a outra, de implicações sociais, é a demissão de funcionários.”
4a) para separar os itens de uma enumeração:
“Deveremos tratar, nesta reunião, dos seguintes assuntos:
a) cursos a serem oferecidos, no próximo ano, a nossos empregados;
b) objetivos a serem atingidos;
c) metodologia de ensino e recursos audiovisuais;
d) verba necessária.
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terça-feira, 30 de abril de 2013
Três dicas com regras simples para usar a vírgula sem erro - Vírgula - Uso da vírgula - Matéria Português - Dicas de Português - Língua Portuguesa
Veja três dicas com regras simples para usar a vírgula sem erro
O uso da vírgula é uma eterna dor de cabeça. Em razão disso, para atender aos insistentes pedidos de muitos leitores, voltamos ao assunto.
Uso da VÍRGULA – Parte 1
Regras práticas:
1ª.- A vírgula deve ser usada para separar ENUMERAÇÕES, TERMOS e ORAÇÕES INDEPENDENTES ENTRE SI (núcleos de um sujeito composto, orações coordenadas assindéticas, termos de uma série não ligados pelo conectivo “e”):
1. O diretor, os assessores e os coordenadores se reuniram ontem à tarde.
(núcleos de um sujeito composto);
2. Eles chegaram cedo, discutiram o assunto, resolveram tudo.
(orações coordenadas assindéticas);
3. Necessitamos adquirir canetas, papel, borrachas, lápis.
(enumeração – termos de uma série).
Observe a importância da vírgula neste caso:
- O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária, do diretor e do coordenador. (=Ele foi com três pessoas);
- O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária do diretor e do coordenador. (=Agora ele foi só com duas pessoas – O diretor não foi, e a secretária é a do diretor e não do presidente).
2ª.- A vírgula deve ser evitada antes da conjunção aditiva “e”:
1. O diretor e os assessores se reuniram ontem à tarde.
2. Nesta empresa, os funcionários podem trabalhar e estudar.
Observações:
a) – A vírgula deve ser usada antes da conjunção “e” com valor ADVERSATIVO:
Já são dez horas, e (=mas ) a reunião ainda não terminou.
b) – A vírgula deve ser usada quando o conectivo “e” liga orações com sujeitos diferentes:
Os funcionários reclamavam, e a direção atendeu.
c) – A vírgula pode ser usada quando o conectivo “e” tem valor consecutivo ou enfático:
Os trabalhadores se reuniram, discutiram, e decidiram como agir.
Chegou, e viu, e lutou, e venceu finalmente.
d) – O conectivo “e”, em fim de enumeração, tem o valor de terminalidade:
Foram chamados vários funcionários: João Carlos, Pedro Sousa, Luísa e Cláudio Luís. (=Chamaram só estes quatro);
Foram chamados vários funcionários :João Carlos, Pedro Sousa, Luísa, Cláudio Luís.(=Estes são quatro dos que foram chamados. Pode haver mais)
- Não se usa a vírgula antes do conectivo “ou” (conjunção alternativa):
Não sei se ele trabalha ou estuda.
Uso da VÍRGULA – Parte 2
3ª.- A vírgula deve ser usada antes das conjunções ADVERSATIVAS (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto) e CONCLUSIVAS (logo, portanto, por isso, por conseguinte, então): “Ele sempre se dedicou à empresa, porém nunca foi promovido.” “Ele sempre se dedicou à empresa, por isso será promovido.”
Observações:
a) – As conjunções ADVERSATIVAS e CONCLUSIVAS, quando deslocadas, devem ficar entre vírgulas: “Ele sempre se dedicou à empresa, nunca foi, porém, promovido.” “Ele sempre se dedicou à empresa, será, portanto, promovido.”
b) – A conjunção POIS, com o valor CONCLUSIVO, deve ficar entre vírgulas: “Ele sempre se dedicou à empresa, será, pois, promovido.” (= portanto)
c) – A conjunção POIS, com o valor EXPLICATIVO ou CAUSAL, pode ou não vir antecedida de vírgula: “Ele deverá ser promovido, pois se dedica à empresa.” (= porque)
Uso da VÍRGULA – Parte 3
4ª – A vírgula PODE ser usada para separar a oração principal da subordinada adverbial (causal, concessiva, condicional, final, temporal…): “Ele foi promovido, porque sempre se dedicou à empresa.”(causal); “Ele foi promovido, embora não se dedicasse muito à empresa.”(concessiva); “Eles só será promovido, caso se dedique mais à empresa.”(condicional); “Ele desenvolveu o projeto, conforme nós orientamos.”(conformativa); “Ele tem se dedicado muito, para que possa ser promovido.”(final); “Ele só assinará o contrato, quando receber toda a documentação.”(temporal).
Observações:
a) – A vírgula DEVE ser usada quando a oração adverbial estiver deslocada: “Embora não se dedicasse à empresa, ele foi promovido.” “Solicitamos, caso seja possível, o seu comparecimento a este setor.” “Conforme nos foi solicitado, estamos enviando todos os documentos.” “Os computadores, quando foram introduzidos na empresa, trouxeram várias consequências.”
b) – A vírgula DEVE ser usada quando a oração reduzida* estiver deslocada:
“Encerrado o prazo, adotamos novas medidas.” (reduzida de particípio); “Os representantes, gritando muito, encerraram a reunião.” (reduzida de gerúndio); “Ao reduzir o déficit, pudemos pensar em desenvolvimento.” (reduzida de infinitivo).
* Oração reduzida não apresenta conectivo e o verbo aparece nas formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
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Uso da Vírgula - Regras - Observações - Regras e observações sobre o uso da vírgula - Matéria Português - Dicas de Português - Língua Portuguesa
Veja outras regras e observações sobre o uso da vírgula
Regras e observações sobre o uso da vírgula.
Uso da VÍRGULA – Parte 4
5ª.- A vírgula DEVE ser usada quando o adjunto adverbial (de tempo, de lugar, de modo…) estiver deslocado: “O técnico analisou o problema no seu último relatório.” (ordem direta – sem vírgula); “No seu último relatório, o técnico analisou o problema.” (adjunto adverbial deslocado); “O técnico, no seu último relatório, analisou o problema.” (adjunto adverbial deslocado).
Observação:
Esta regra não é rígida. A vírgula pode ser omitida, principalmente em frases curtas e com adjuntos pequenos: “Ontem, os representantes visitaram o sindicato.” Ou “Ontem os representantes visitaram o sindicato.”
Uso da VÍRGULA – Parte 5
6ª.- A vírgula deve ser usada quando a oração adjetiva é EXPLICATIVA: “Dr. José Cláudio dos Santos, que é o coordenador do projeto, viajou a São Paulo.” “Nossa empresa, que foi fundada em 1988, já apresenta um alto faturamento.” “A natureza deve ser respeitada pelo homem, que é um ser mortal.” (= todo homem é mortal)
Observações:
a) – O APOSTO EXPLICATIVO também deve ficar entre vírgulas: “O coordenador do projeto, Dr. Paulo Henrique de Assis, viajou a serviço.” (=cargo exclusivo); “Nossa empresa, a maior fabricante de calçados do Brasil, pretende desenvolver outras atividades.”
b) – A vírgula DEVE SER EVITADA quando a oração adjetiva é RESTRITIVA: “Devemos respeitar o homem que trabalha.” (não é todo homem que trabalha); “Não encontrei os documentos que você me enviou.” (aqueles que você me enviou).
Observe a importância da vírgula neste caso: “Os funcionários, que se dedicaram à empresa, devem ser aumentados.” (entre vírgulas – oração EXPLICATIVA = todos se dedicaram e serão aumentados) – “Os funcionários que se dedicaram à empresa devem ser aumentados.” (sem vírgula – oração RESTRITIVA = só os que se dedicaram devem ser aumentados).
7ª.- A vírgula deve ser usada para separar o VOCATIVO (expressão de chamamento): “Deve, Sr. Presidente, confiar nestas ideias.” “Meus caros amigos, não sei se fui claro.”
Observe a importância da vírgula: “Dr. José Carlos vem aqui. (sem vírgula – é uma afirmação) – “Dr. José Carlos, vem aqui.” (com vírgula – é um chamamento)
Observações:
Não devemos separar com vírgula:
a) SUJEITO e VERBO: “Os computadores podem acarretar duas consequências.”
b) VERBO e COMPLEMENTOS: “Os computadores podem acarretar duas consequências.” “Comunicamos aos presentes a chegada do Diretor.”
c) ORAÇÃO PRINCIPAL e ORAÇÃO OBJETIVA: “Ele disse que não viria.” “Não sabemos quando eles voltaram.” “Solicitamos a V.Sa. que permaneça na sala.”
Uso da VÍRGULA – Parte 6
8ª.- A vírgula deve ser usada para separar os incisos explicativos, retificativos ou continuativos (por exemplo, ou melhor, isto é, a saber, ou antes, aliás, digo, por assim dizer, além disso…): “O gerente era muito respeitado, ou melhor, muito temido.” “Ele deve, por exemplo, ouvir mais os seus funcionários.”
9ª.- A vírgula deve ser usada para separar orações intercaladas: “Só o presidente, creio eu, pode resolver este caso.” “A diretoria, convém lembrar, não se reúne há três meses.”
10ª.- A vírgula deve ser usada para separar termos deslocados: “A sala, acredito que já tenha sido alugada.” (acredito que a sala já tenha sido alugada); “Os inspetores, parece que não chegaram.” (parece que os inspetores não chegaram).
Observações:
a) A vírgula também deve ser usada em caso de PLEONASMO ou ANACOLUTO.
1 – Aos empregados, o nosso sucesso lhes devemos. (Pleonasmo=repetição);
2 – Dinheiro, quem não está precisando disto? (Anacoluto).
11ª.- A vírgula pode ser usada também para marcar a supressão do verbo: “Tu buscas a terra e eu, os céus.” (busco); “Ele não nos entende nem nós, a ele.” (entendemos).
12ª.- A vírgula deve ser usada para separar o nome da localidade nas datas: ”Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2012.
DESAFIO
Onde está o erro?
“A empresa entende que deve tornar público os seus princípios e a sua filosofia de vida.”
Resposta:
Há um erro de concordância. O adjetivo “público” se refere aos “princípios” e à “filosofia de vida”. Deve, por isso, concordar no masculino plural: “…tornar públicos os seus princípios e a sua filosofia de vida”.
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
Uso da vírgula - Matéria Português - Dicas de Português - Língua Portuguesa
Uso da vírgula
“Meu filho vem jantar em casa.” (= É uma afirmação. Meu filho é o sujeito. O verbo está no presente do indicativo);
“Meu filho, vem jantar em casa.” (= É um chamamento. Meu filho é o vocativo. O verbo está no imperativo).
Essas lembranças têm um motivo especial. São as dezenas de cartas que recebi a respeito da vírgula usada em propagandas do tipo: “Quem lê, sabe” e “Quem sabe, lê”.
Prefiro sem vírgula. Quem lê é o sujeito do verbo saber e Quem sabe é o sujeito de verbo ler. Não vejo necessidade de se criar uma exceção. Se é sujeito, mesmo que oracional, não precisa ser separado do verbo por vírgula. Observe a diferença:
“Quem lê o Jornal X ouve a Rádio Y.” (= Estou afirmando que o leitor do Jornal X ouve a Rádio Y. A oração Quem lê o Jornal X é o sujeito do verbo ouvir, que está no presente do indicativo. É o mesmo que eu dissesse: “O leitor do Jornal X ouve a Rádio Y”.);
“Quem lê o Jornal X, ouve a Rádio Y.” (= Estou fazendo um apelo ou um convite ao leitor do Jornal X para que ele ouça a Rádio Y. O verbo ouvir está no imperativo. É como se eu dissesse: “Você que lê o Jornal X, ouça a Rádio Y” ou “Tu que lês o Jornal X, ouve a Rádio Y”.
Na minha opinião, não devemos pôr vírgula entre o sujeito e o verbo em hipótese alguma: “Quem lê sabe”; “Quem sabe lê”; “Quem avisa amigo é”; “Quem casa quer casa”; “Quem estuda passa”; “Quem bebe Grapete repete”…
Alguns autores defendem a vírgula. Afirmam que há uma pausa bem marcada entre as duas orações, principalmente quando os dois verbos ficam juntos. Não nego que seja possível fazermos uma pausa entre um verbo e outro. Isso não significa, porém, que devemos marcar essa pausa com uma vírgula.
Outros justificam o uso da vírgula com o seguinte argumento: em “quem lê” está subentendida uma oração adjetiva restritiva. Corresponderia a “aquele que lê”. Na minha opinião, temos aqui mais um motivo para não usarmos a vírgula, pois só devemos usar vírgula para separar as orações adjetivas explicativas. Portanto, também não devemos usar vírgula em construções do tipo: “Aquele que lê sabe”; “Aquele que sabe lê”; “Aquele que estuda passa”; “Aquele que bebe Grapete repete”…
É assim que eu penso. É óbvio que respeito as opiniões divergentes e gostaria muito de ouvir novos argumentos. Agradeço antecipadamente.
Também é bom lembrar que não usamos vírgula quando sujeito é muito longo. Vejamos um exemplo: “Todos os técnicos qualificados pelo Instituto Nacional de Metrologia do Rio de Janeiro, devem comparecer à reunião no próximo dia 5”. Não acredito que alguém concorde com essa vírgula, pois separa o sujeito do predicado. Não é o fato de o sujeito ser “imenso” (ou “a falta de ar”) que justificaria o uso da vírgula.
DESVIOS-PADRÕES ou DESVIOS-PADRÃO?
Pergunta do leitor: “Em meus estudos e pesquisas na área financeira, que incluem conceitos de estatística, tenho encontrado duas maneiras de escrita do plural da palavra desvio-padrão: desvios-padrões e desvios-padrão. Da mesma forma, na empresa em que trabalho como engenheiro, as pessoas frequentemente utilizam duas formas para expressar a palavra edital-padrão: editais-padrões e editais-padrão. Pesquisei o assunto em livros de gramática e ainda não consegui chegar a uma conclusão. Entretanto, venho insistindo que o correto são as formas DESVIOS-PADRÃO e EDITAIS-PADRÃO. Estou cometendo alguma heresia, ou melhor, estou pagando um grande mico?”
Meu caro, você não está cometendo heresia alguma nem “pagando um grande mico”. Errado é pensar que esta é a única forma correta. Como você bem frisou, as nossas gramáticas não nos permitem tirar uma conclusão definitiva sobre o assunto.
Para a maioria dos estudiosos da Língua Portuguesa, a formação do plural é facultativa quando as palavras são compostas por dois substantivos e o segundo especifica o primeiro: ou vão os dois substantivos para o plural ou só o primeiro.
Eu prefiro a segunda opção. Quando juntamos dois substantivos e o segundo exerce o papel de adjetivo, somente o primeiro vai para o plural: desvios-padrão, editais-padrão, tatus-bola, elementos-chave, laranjas-lima, peixes-boi…
O problema é que esta regra não é rígida. Em geral, os nossos dicionários consideram as duas formas.
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