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quarta-feira, 10 de abril de 2013

União Europeia - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



A União Europeia, atualmente composta por 27 países, é uma das principais forças políticas e econômicas do período após a Guerra Fria.


A União Europeia é o maior bloco econômico do mundo, conhecido pela livre circulação de bens, pessoas e mercadorias e pela adoção de uma moeda única: o euro. A origem data, oficialmente, o dia 07 de Fevereiro de 1992, mas sua criação esteve intimamente ligada a processos anteriores de criação de um grande bloco econômico europeu.

1º Estágio: Benelux

O Benelux foi um bloco criado ainda durante a Segunda Guerra Mundial e recebeu esse nome por conta das iniciais dos países integrantes: Bélgica (Be), Holanda (Ne), do Inglês “Netherland”, e Luxemburgo (Lux). O objetivo desse bloco era integrar esses três países em um mercado comum e único, com a redução das tarifas aduaneiras. Apesar da existência da atual União Europeia, o Benelux ainda existe com o nome de “União Benelux”.

2º Estágio: CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço)

Muitos autores, economistas e cientistas políticos não consideram o Benelux como a origem da UE, mas sim a CECA. Criada em 1952, ela era composta pelos países do Benelux juntamente à França, Itália e Alemanha Ocidental. Por conta disso, também era chamada de Europa dos Seis.

A criação da CECA esteve diretamente ligada ao Plano Schuman, que foi um planejamento econômico do governo francês para integrar a produção siderúrgica dos seis países em questão. O objetivo maior era estabelecer um acordo com a Alemanha Ocidental para que ambas compartilhassem a produção de carvão mineral e minério de ferro na região da Alsácia-Lorena (França) e de Sarre (Alemanha). Tais regiões encontram-se na fronteira dos dois países e foram historicamente envolvidas por disputas territoriais entre as duas nações.

Diante disso, a CECA se caracterizou por uma integração do mercado siderúrgico, objetivando uma maior integração industrial envolvendo os seis países.

3º Estágio: Mercado Comum Europeu (MCE) ou Comunidade Econômica Europeia (CEE).

Com a fragmentação da Europa em vários Estados, os países-membros da CECA reconheciam que era necessário ampliar o mercado consumidor interno e acelerar o desenvolvimento de sua produção industrial. Em vista disso, foi criado em 1957, com o Tratado de Roma, o Mercado Comum Europeu, que também é chamado de Comunidade Econômica Europeia.

Além dos países da antiga CECA, integravam o bloco econômico os seguintes países: Inglaterra, Irlanda e Dinamarca, a partir de 1973; Grécia, a partir de 1981; Espanha e Portugal, a partir de 1986. Era a Europa dos 12.

A CEE era caracterizada pela proposta do estabelecimento de uma livre circulação de mercadorias, serviços e capitais. Além disso, foi pela primeira vez colocada em um bloco econômico a possibilidade de permissão à livre movimentação de pessoas entre os países-membros.

Com o final da Guerra Fria, em 1989, a Alemanha Oriental também foi incorporada ao MCE.

4º estágio: O Tratado de Maastricht

Somente após a criação da União Europeia, em 1991, com o Tratado de Maastricht, que todos os objetivos do Mercado Comum Europeu puderam ser alcançados, com o estabelecimento da livre circulação de pessoas, mercadorias, bens e serviços entre os países-membros.

Em 1995, mais três países integraram a UE: Suécia, Finlândia e Áustria. Tratava-se, a partir de então, da Europa dos 15.

Em 2004, integraram o bloco as ilhas de Malta e Chipre. Além disso, alguns países do antigo bloco socialista soviético também ingressaram na UE (Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia e Bulgária) e três antigos países da União Soviética (Estônia, Letônia e Lituânia). Em 2007, Bulgária e Romênia também aderiram ao bloco, que passou a ser a Europa dos 27.


Mapa com os países que atualmente compõem a Europa dos 27

A criação do euro

O euro foi criado durante o Tratado de Maastricht, em 1991. Entretanto, seu uso inicial era somente para trocas cambiais entre os países da UE, pois os governos dos países, bem como a população europeia como um todo, preferiam a manutenção de suas moedas nacionais. A partir de 2002 que o Euro foi colocado em circulação, porém, alguns países, como Dinamarca e Inglaterra, preferiram manter suas moedas nacionais, outros foram adotando o euro de forma gradativa.

O euro demonstrou um rápido crescimento e passou a ser um grande rival do dólar, que, no entanto, continua a ser a principal moeda utilizada em políticas financeiras internacionais.

A questão turca

A Turquia, desde o final da década de 1990, encontra-se na fila de espera para uma possível aprovação de sua entrada no bloco europeu. Entretanto, existem alguns fatores que dificultam a sua adesão.

Primeiramente, existe um grande risco geopolítico, uma vez que parte do território turco compõe o Oriente Médio. Por conta dos atentados frequentemente praticados na região, por conta da grande instabilidade política, existe um temor dos países europeus, que veem na Turquia uma possível porta de entrada para grupos terroristas na Europa.

Em segundo lugar, há também as diferenças culturais e religiosas, as quais poderiam desencadear grandes movimentos de xenofobia e intolerância religiosa no continente europeu, uma vez que a maior parte da população turca é islâmica.

Em relação a esse último fato, o ex-ministro turco Abdullah Gul declarou que a Europa deveria provar que não era apenas um “clube cristão”. Além disso, a Turquia argumenta que, mesmo com a população predominantemente islâmica, possui um estado inteiramente laico.

A perspectiva é que as negociações prossigam até 2015. Outros países que aguardam aprovação são Croácia e Macedônia.

Unasul - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



Representantes de Estados da América do Sul

A UNASUL (União de Nações Sul-Americanas) é um bloco que visa a fortalecer as relações comerciais, culturais, políticas e sociais entre as doze nações da América do Sul – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela –, além da participação, como observadores, de dois países da América Central: México e Panamá.

Esse projeto foi proposto em 2004, durante uma reunião de Chefes de Estado e de Governo dos países sul-americanos, realizada no Peru, na cidade de Cusco. Nessa ocasião, foi estabelecida a Comunidade Sul-Americana de Nações, que passou a ser chamada de União de Nações Sul-Americanas em 2007, durante um encontro para discutir questões energéticas do subcontinente.

No dia 23 de maio de 2008, em Brasília, os representantes políticos dos 12 países sul-americanos assinaram um documento formalizando a criação da UNASUL, que entrará em vigor após o tratado ser ratificado por no mínimo nove integrantes do bloco. Conforme esse documento, a UNASUL será estruturada da seguinte forma:

- Conselho de Chefes de Estado e de Governo.
- Conselho de Ministros das Relações Exteriores.
- Conselho de Delegados.
- Secretaria Geral.

Além desses departamentos, foram desenvolvidos outros sete Conselhos Ministeriais, que atuam nas áreas de energia, saúde, defesa, desenvolvimento social, combate ao narcotráfico, infraestrutura e planejamento, educação, cultura, ciência, tecnologia e inovação. A presidência do bloco é exercida por representantes de governo, com duração de um ano, sendo alternada seguindo a ordem alfabética das nações integrantes.

O estabelecimento da UNASUL será de grande importância para a integração desses países, pois, através da implantação de uma zona de livre comércio, haverá maior flexibilidade nas relações comerciais, circulação de pessoas e mercadorias. Outro aspecto relevante é a união dos dois blocos econômicos da América do Sul (Mercosul e CAN – Comunidade Andina), além da possibilidade de criação de uma moeda única, denominada “pacha”.

Tigres Asiáticos - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais


Hong Kong

Na década de 1970, quatro países da Ásia (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan) apresentaram um acelerado processo de industrialização. Em razão da agressividade administrativa e da localização dos países, eles ficaram conhecidos mundialmente como Tigres Asiáticos.

O modelo industrial desses países é caracterizado como IOE (Industrialização Orientada para a Exportação), ou seja, as indústrias transnacionais que se estabeleceram nesses países e as empresas locais implantaram um parque industrial destinado principalmente ao mercado exterior.


Cingapura

Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan utilizaram métodos diferentes para o desenvolvimento econômico, no entanto, essas nações apresentaram aspectos comuns, como forte apoio do governo, proporcionando infraestrutura necessária (transporte, comunicações e energia), financiamento das instalações industriais e altos investimentos em educação e em qualificação profissional.
Além disso, esses países (exceto Coreia do Sul) adotaram uma política de incentivos para atrair as indústrias transnacionais. Foram criadas Zonas de Processamento de Exportações (ZPE), com doações de terrenos e isenção de impostos pelo Estado.

Diferentemente dos outros Tigres Asiáticos, a Coreia do Sul demonstrou resistência a instalações de empresas transnacionais em seu território. O desenvolvimento industrial do país baseou-se nos chaebols, que se caracteriza por redes de empresas com fortes laços familiares. Quatro grandes chaebols controlam a economia coreana e têm forte atuação no mercado internacional: Hyunday, Daewoo, Samsung e Lucky Gold Star.
Somente na década de 1980 começaram a entrar transnacionais na Coreia do Sul, entretanto estas são associadas a empresas coreanas.

Os Novos Tigres Asiáticos

Em consequência do grande desenvolvimento econômico dos Tigres Asiáticos, houve uma expansão para os países vizinhos do sudeste, o que proporcionou um processo de industrialização na Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas. Além dos investimentos dos quatro Tigres originais, os novos Tigres passaram a fazer parte das redes de negócios de empresas dos Estados Unidos, do Japão e de outros países desenvolvidos.

Nesses novos Tigres foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos. Nesses países há mão de obra menos qualificada que a encontrada nos quatro Tigres originais, porém, muito mais barata. Milhares de pequenas empresas produzem mercadorias sob encomenda, criadas e planejadas em outros países do mundo.

SADC - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



A Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) foi criada em 1992. Esse bloco é composto por 15 países (África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, e Zimbábue). Sua sede está localizada em Gaborone, Botsuana.

O principal objetivo da Comunidade da África para o Desenvolvimento é estabelecer a paz e a segurança na região. Através da integração desses países, pretende-se alcançar o desenvolvimento econômico, desenvolver políticas comuns, proporcionar a consolidação dos laços históricos, sociais e culturais entre os povos da região.

A SADC é uma comunidade regional que busca garantir para sua população o bem estar econômico, melhorias da qualidade de vida, liberdade, justiça social, paz e segurança. Todos esses aspectos serão obtidos mediante a cooperação entre os países membros.

A região busca o desenvolvimento econômico através de fatores como a exploração dos recursos naturais, grande potencial energético (petróleo, carvão, biomassa, energia solar, energia eólica), infraestrutura, além da vasta população, proporcionando mão de obra e mercado consumidor.

Em busca da criação de um mercado comum, a Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento está desenvolvendo projetos como: União Aduaneira (UA), que será desenvolvida em 2010; o Mercado Comum (MC), para 2015; União Monetária (MU), para 2016; e a implantação de uma moeda única em 2018.

Opep - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) foi criada na Conferência de Bagdá no dia 14 de setembro de 1960. É uma organização intergovernamental permanente, objetivando administrar de forma centralizada a política petroleira dos países membros. A sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo entre 1960-1965 foi em Genebra, na Suíça, no entanto, foi transferida para Viena, na Áustria, em 1º de Setembro de 1965.

Os primeiros países membros da Opep foram: Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela. Posteriormente outros países integraram a Opep: Catar (1961); Indonésia (1962) - que suspendeu a sua adesão em janeiro de 2009, Líbia (1962), Emirados Árabes Unidos (1967), Argélia (1969), Nigéria (1971), Equador (1973) - que suspendeu a sua adesão de dezembro de 1992 a Outubro de 2007, Angola (2007) e Gabão (1975-1994).


Encontro dos Representantes dos Países Membros da Opep

A Opep atua como cartel dos principais exportadores de petróleo, controlando o volume de produção, com o objetivo de alcançar os melhores preços no mercado mundial. É responsável por desenvolver estratégias geopolíticas na produção e exportação do petróleo, além de controlar os valores nas vendas do produto.

Atualmente, os países membros da OPEP possuem aproximadamente 75% das reservas mundiais de petróleo, sendo responsável pelo abastecimento de 40% do mercado mundial.

A formação da Opep promove a valorização do petróleo, proporcionando maior lucratividade para os países membros. Esse fato ocorre em razão da manipulação da produção, pois são estabelecidas cotas de produção, diminuindo a oferta, consequentemente, há a elevação dos preços.

Com a descoberta da camada pré-sal no Brasil, a produção de petróleo poderá triplicar. Caso sejam confirmadas essas estimativas, o país estudará uma possível solicitação de participação na Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

OMC - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



Manifestação contra a OMC

A partir do crescimento de transações comercias em nível mundial e do intenso processo de globalização de capitais, mercadorias e da própria produção, que são itens ligados diretamente à dependência dos países, sobretudo, dos pobres em relação aos ricos, surge a necessidade da criação de organismos internacionais e órgãos financeiros que possam regular as disparidades econômicas e comerciais existentes no mundo.

Apesar de todos os países às vezes agirem em pleno consentimento ou em conjunto, sempre os desenvolvidos conseguem exercer pressão sobre aqueles de menor desenvolvimento, sobressaindo conforme seus interesses, essa diferença é extremamente elástica.

Diante desses fatores, torna-se relevante a implantação de uma organização que avalie as relações comerciais e que possa zelar pelo interesse de países que sofrem pressões e que, em vários casos, ficam prejudicados.

Com objetivo de tentar amenizar o processo, a OMC (Organização Mundial do Comércio) ocupa um lugar de destaque no cenário mundial, no mesmo patamar que se encontra importantes órgãos financeiros internacionais como o FMI e o Banco Mundial. A OMC, criada em 1995, está sediada na cidade de Genebra, Suíça.

No ano de 2000, a OMC era integrada por 142 países, o órgão tem como finalidade impor regras e normas para estabelecer um entendimento entre os países e as instituições internacionais que atuam no campo econômico.

Antes da instauração da OMC existia o GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) que foi implantado a partir de 1947 para estabelecer o livre comércio, no entanto, não havia uma consideração em relação às disparidades existentes entre os países, dessa forma, todos os tributos de exportação e importação eram iguais, com isso as economias fragilizadas nem sempre conseguiam prosperar economicamente.

As maiores dificuldades que a Organização Mundial do Comércio encontra estão relacionadas ao protecionismo, como as que ocorrem na França, que taxou todos os produtos agropecuários, a inserção de tributos impede a entrada de mercadorias dessa natureza, oriundos de outros lugares, com essa atitude o governo visa proteger os seus produtores.

Na verdade, a intenção dos países desenvolvidos é que as barreiras alfandegárias sejam retiradas, no entanto, somente para entrada de seus produtos em outros territórios, já no processo contrário querem estabelecer medidas protecionistas.

Uma das funções da organização é atuar como um intermediador, no momento em que dois países geram conflitos por motivos comerciais, derivados por medidas protecionistas de um dos lados. Um exemplo claro desse processo aconteceu em 2001, quando a empresa canadense Bombardier acionou a OMC por se sentir prejudicada, pois segundo ela, a empresa brasileira Embraer estaria sendo custeada ou subsidiada pelo governo brasileiro, de forma que esse procedimento vai contra as regras implantadas na organização. Nesse caso, as duas empresas lutam por um mercado extremamente lucrativo.

Nesse exemplo, a OMC não aceitou o pedido da empresa canadense, ou seja, indeferiu o pedido.

OEA - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



Considerada a primeira organização regional do planeta, a OEA (Organização dos Estados Americanos) foi regulamentada em 1948. Entretanto, sua origem é de 1889, quando foi realizada, na cidade de Washington (capital dos Estados Unidos), a Primeira Conferência Internacional Americana, que ocorreu entre outubro de 1889 a abril de 1890. Nessa ocasião, foi formada a União Internacional das Repúblicas Americanas.

Essa organização internacional tem como objetivo, conforme o Artigo 1° da sua Carta, o estabelecimento de “uma ordem de paz e de justiça, para promover a solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência”.

A Organização dos Estados Americanos tem como princípio básico o respeito à soberania e à independência dos países do continente. Os impasses internacionais, envolvendo dois ou mais Estados americanos, deverão ser solucionados de forma pacífica, sendo que a agressão a uma nação americana constitui uma agressão a todos os demais países da organização.

Essa organização tem desenvolvido projetos para garantir a paz e a segurança continental, solucionar problemas políticos e econômicos, discutir ações para promover o desenvolvimento econômico e social, organizar ajuda humanitária em caso de catástrofes, entre outras ações. Para assegurar esses objetivos e princípios, a OEA trabalha abordando aspectos da democracia, direitos humanos, segurança e desenvolvimento.

Atualmente, a Organização dos Estados Americanos tem 33 países membros, além de 62 nações observadoras. Essa organização já foi integrada por 35 países americanos, entretanto, Cuba e Honduras foram excluídas do grupo.

Em 1962, Cuba foi expulsa da OEA, em razão da forte pressão estadunidense após a instalação do sistema comunista naquele país. Porém, Cuba está em processo de reintegração à OEA. No caso de Honduras, foi aplicado o Artigo 21 da Carta Democrática Interamericana, suspendendo o direito de participação ativa do país em virtude do golpe de Estado que tirou José Manuel Zelaya da presidência hondurenha, em 2009.

Atualmente, os membros da Organização dos Estados Americanos são: Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Dominica, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai, Venezuela.

G 20 Países em Desenvolvimento - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



A união dos Países em desenvolvimento

O G 20 foi criado no dia 20 de agosto de 2003, na preparação para a V Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC). É um grupo composto por países em desenvolvimento, cujo objetivo principal é a elaboração de projetos para a atividade econômica agrícola, o principal tema da Agenda de Desenvolvimento de Doha.

É importante citar a existência de outro grupo denominado G 20, que une países desenvolvidos e outros em desenvolvimento para discutir sobre economia. Ele é chamado de G20 financeiro, diferentemente desse grupo que é formado apenas por países em desenvolvimento, cujo tema principal é a agricultura.

O G 20 possui, atualmente, 23 países membros de diferentes continentes, são: 5 países da África (África do Sul, Egito, Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia, Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela).

O grupo foi criado para tratar dos interesses em agricultura, que são comuns à maioria dos países em desenvolvimento, no que se refere à eliminação de práticas que distorcem o comércio e a produção agrícola; a busca de aumento substancial de acesso a mercados; e desenvolvimento rural, segurança alimentar e necessidades de subsistência dos agricultores nesses países.

O G 20 realiza diversas reuniões entre os representantes de cada nação, onde o tema central são as negociações sobre a agricultura. Esse grupo consolidou-se como interlocutor essencial e reconhecido nas negociações agrícolas. Os principais motivos que fazem desse grupo tão importante são: a participação dos seus membros na produção e consumo de produtos agrícolas; sua população é de aproximadamente 60% da população mundial; possui cerca de 70% da população rural do globo; é responsável por mais de 26% das exportações agrícolas mundiais.
A união desses países fortalece a atuação em busca do desenvolvimento econômico, proporcionando maior interação do grupo com outras organizações da OMC.

Na busca da construção de um sistema de comércio multilateral agrícola mais justo, o G 20 busca integrar plenamente a agricultura em um sistema multilateral de comércio justo e baseado em regras, e conciliar interesses agrícolas divergentes entre os países membros do próprio grupo, buscado sempre negociações justas em que todos sejam beneficiados.

G 20 Financeiro - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



O Grupo dos 20 foi criado em 1999 objetivando o fortalecimento da economia mundial, promovendo o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável em escala global. Sua criação ocorreu no final da década de 1990, que foi marcada pela instabilidade econômica e várias crises financeiras, principalmente na Ásia, México e na Rússia.

A formação desse grupo despertou nos países ricos o reconhecimento da importância dos países em desenvolvimento para a construção de uma economia mundial sólida, pois, em razão da instabilidade do mercado, a participação desses países se torna de extrema importância.


Representantes das nações que integram o G 20

O G 20 é um grupo financeiro composto por Ministros da área econômica e presidentes dos bancos centrais de 19 países: os que formam o G8 e ainda 11 emergentes. Fazem parte do G8: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia. Os outros países membros do G20 são: Brasil, Argentina, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul e Turquia. A União Europeia, em bloco, é o membro de número 20, representado pelo Banco Central Europeu e pela presidência rotativa do Conselho Europeu. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, assim como os Comitês Monetário e Financeiro Internacional e de Desenvolvimento, por meio de seus representantes, também participam das reuniões do G 20.

Além do G 20 financeiro, que reúne representantes de países desenvolvidos e países em desenvolvimento, existe outro G 20, que é composto apenas por nações emergentes. Ele é chamado pela imprensa de G 20 comercial, já que seu objetivo principal são as relações comerciais, o grupo tem como tema central a elaboração de planos para defender os interesses agrícolas dos países em desenvolvimento diante das nações ricas.

O G 20 financeiro busca desenvolver projetos que leve a unificação das economias avançadas e emergentes para fortalecer a economia mundial, proporcionando uma estabilidade financeira no mercado global, garantindo um futuro sustentado para todos os países. Isso é de fundamental importância diante de um cenário econômico onde são desencadeadas várias crises e incertezas.


Encontro do G 20 em Londres, 2009

A representatividade do G 20 financeiro é muito grande, pois, somados os países membros, eles possuem aproximadamente 90% do produto nacional bruto mundial, 80% do comércio internacional e cerca de 65% da população do planeta.

As nações emergentes estão tendo a possibilidade de maior participação nas decisões econômicas mundiais através do G 20, a expansão dos poderes do grupo e a possível tendência de ser o substituto do G8 (o grupo formado pelas sete maiores economias mais a Rússia) nas discussões sobre as políticas econômicas do mundo, possibilitará maior evidência aos países emergentes. Porém, esse processo tem sofrido represálias dos países europeus, que apresentam resistência à intenção dos países em desenvolvimento de ter sua representatividade ampliada.

Formação de blocos econômicos - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



Blocos econômicos existentes no mundo.

Com o fenômeno da globalização, o mercado internacional tornou-se bastante competitivo, diante disso, somente os mais fortes prevalecem. O que acontece é uma disputa por mercados em âmbito global.

Muitos países, com o intuito de se fortalecer economicamente, unem-se para alcançar mercados e verticalizar a sua participação e influência comercial no mundo. A criação de blocos econômicos estreitou as relações econômicas, financeiras e comerciais entre os países que compõem um determinado bloco econômico.

Atualmente existem muitos blocos econômicos, formados há décadas.

O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) foi fundado em 1991, constituído por Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, que são membros, além da perspectiva de ingresso do Chile, Bolívia e Venezuela.

A União Europeia (UE) foi instituída no final dos anos 50, embora tenha sido oficializada somente em 1992, os países que fazem parte são: Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia, nesses países corre uma moeda única, o euro, com exceção da Dinamarca (coroa dinamarquesa), Suécia (coroa sueca) e Reino Unido (libra esterlina).

Exemplos como a UE e o MERCOSUL ocorrem a partir de acordos comerciais estabelecidos entre os países membros, nesse caso implantam medidas que eliminam total ou parcialmente as barreiras alfandegárias, como eliminação de tributos, além da circulação de mercadorias, capitais, serviços, pessoas e outros pontos que o bloco julgar necessário.

O que se espera com a formação de blocos econômicos é a intensificação econômica e a flexibilização comercial entre os integrantes.

Existem outros órgãos comerciais, como por exemplo, a OMC (Organização Mundial do Comércio), que integram todos os países que participam do comércio internacional, essas instituições têm como objetivo fiscalizar e mediar as relações comerciais para que não haja partes favorecidas.

Os principais blocos econômicos do mundo são União Europeia (UE), MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacifico) e o NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio).

Comunidade Sul-Americana de Nações - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



Alguns líderes da América Latina

A União de Nações Sul-Americanas conhecida também por UNASUL, que tempos atrás era chamada de Comunidade Sul-Americana de Nações, corresponde a uma integração econômica que visa à criação de uma extensa área de livre comércio.

Essa tem como objetivo integrar dois blocos econômicos, MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações (CAN), com características semelhantes à União Europeia, sua nomeação foi constituída a partir da declaração de Cuzco no Peru, realizada no ano de 2004.

A sede dessa instituição se encontra estabelecida em Quito e o banco, na Venezuela, denominado de Banco do Sul.

A primeira reunião dessa instituição ocorreu nos dias 29 e 30 de setembro de 2005, no Brasil. No ano seguinte aconteceu o segundo encontro, dessa vez na cidade boliviana de Cochabamba, no dia 08 de dezembro de 2006. Em 2007, foi a vez da Colômbia sediar o evento, na cidade de Cartagena das Índias.  Porém, um dos encontros mais importantes ocorreu no dia 23 de maio de 2008, em Brasília, onde os representantes políticos dos 12 países da América do Sul assinaram um documento formalizando a criação da UNASUL, que entrará em vigor após o tratado ser ratificado por no mínimo nove integrantes do bloco.

Uma das propostas de implantação na União através do Banco do Sul é a criação de uma moeda única para circular entre os países membros, essa ideia foi vista com bons olhos pelo meio político da América Latina, como o presidente do Peru, Alan García, e o da Bolívia, Evo Morales, o nome proposto para tal moeda é “Pacha”, apesar de não ser definitivo e estar aberto a sugestões dos países membros.

Outra intenção do grupo é de instaurar um mercado comum com livre circulação de mercadorias e de pessoas, nesse sentido, qualquer pessoa pode ficar em qualquer país integrante por um período de 90 dias, somente com a apresentação do documento de identificação de seu respectivo país de origem. Em 2006, países como Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela deixaram de exigir visto de turismo por parte das nações integrantes.

Essa integração regional é viável partindo do pressuposto de que oferecerá condições de instaurar um mercado sólido, tornando os integrantes mais homogêneos economicamente, o que facilitaria a possibilidade de alcançar importantes parceiros, como a União Europeia e Ásia Oriental e, principalmente, para impedir a implantação da Alca.

Dados da Unasul:

- Extensão territorial: 17.715.335 km².
- População: 382,43 milhões de habitantes.
- PIB (Produto Interno Bruto): US$ 3,9 trilhões.
- PIB per Capita: US$ 10.378.

Comunidade Britânica - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais


Fundada em 1931, a Comunidade Britânica é uma associação entre o Reino Unido e suas antigas colônias (exceto Moçambique e Ruanda), atualmente essa organização possui 54 países integrantes.

Das ex-colônias britânicas, somente os Estados Unidos da América nunca participou da Comunidade Britânica, outra baixa se refere ao Zimbábue, nação expulsa da associação por não realizar reformas democráticas no país. Dos atuais integrantes, apenas duas nações não foram colônias britânicas: Moçambique (ex-colônia portuguesa) e Ruanda (antiga colônia da Bélgica).

Os principais objetivos da Comunidade Britânica são o estabelecimento do regime político democrático, desenvolvimento socioeconômico, garantia dos direitos humanos, promover a paz, benefícios comerciais e assistência educacional nos países membros.

A organização oferece apoio técnico e científico aos membros mais pobres em áreas como agricultura, indústria, energia, saúde e educação. Desde 1991, a Comunidade Britânica monitora eleições a pedido dos governos para que possíveis fraudes eleitorais não ocorram.

Nesses 54 países que integram a associação existem, aproximadamente, 2 bilhões de habitantes, correspondendo à cerca de um terço da população mundial. As atividades econômicas dessas nações também são expressivas no cenário global: atualmente os países da Comunidade Britânica representam 30% de todo o comércio mundial.


Kamalesh Sharma, Secretário-Geral da Comunidade Britânica

Localizado em Malborough House, em Londres, o Secretariado da Comunidade Britânica é o órgão principal dessa associação, cabe a ele a organização de cúpulas, reuniões ministeriais, reuniões consultivas e discussões técnicas. As decisões são discutidas entre os representantes de governo dos 54 países membros. Esse secretariado é liderado, desde 1° de abril de 2008, pelo Secretário-Geral Kamalesh Sharma (Índia).

O Secretário-Geral é eleito pelos Líderes da Comunidade Britânica para um período de quatro anos, podendo ser reeleito somente uma vez. Esse cargo é auxiliado por dois Assessores.

Países membros da Comunidade Britânica: África do Sul, Antigua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Bangladesh, Barbados, Belize, Botsuana, Brunei, Camarões, Canadá, Chipre, Cingapura, Dominica, Gâmbia, Gana, Granada, Guiana, Ilhas Maldivas, Ilhas Maurício, Ilhas Fiji, Ilhas Salomão, Índia, Jamaica, Lesoto, Malásia, Maláui, Malta, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Paquistão, Quênia, Reino Unido, República de Kiribati, República de Nauru, República Unida da Tanzânia, Ruanda, Samoa, Santa Lúcia, São Cristovão e Névis, São Vicente e Granadinas, Seicheles, Serra Leoa, Siri Lanka, Suazilândia, Tonga, Trinidad e Tobago, Tuvalu, Uganda, Vanuatu, Zâmbia.

Comunidade Andina - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



Símbolo da Comunidade Andina

Formada apenas por países sul-americanos, localizados na América Andina (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru), a Comunidade Andina foi criada em 1969 por meio do Acordo de Cartagena. A primeira denominação desse bloco econômico foi Pacto Andino e, somente em 1997, recebeu a atual nomenclatura. A sede da Comunidade Andina está localizada na cidade de Lima, capital do Peru.

Outros dois países já foram membros efetivos da Comunidade Andina: Chile (de 1969 a 1976) e a Venezuela (entre 1973 e 2006). Esse bloco econômico tem, atualmente, cinco nações associadas – Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, além de dois países observadores: México e Panamá.

A estrutura administrativa desse bloco econômico é formada pelas instituições do Sistema Andino de Integração (SAI), entre os principais estão: Conselho Presidencial Andino, Conselho de Ministros das Relações Exteriores, Comissão, Secretaria Geral, Parlamento Andino, Tribunal de Justiça, Fundo Latino-Americano de Reservas (FLAR) e Universidade Simón Bolívar.

Os objetivos primordiais da Comunidade Andina são:

- Realizar a integração comercial, econômica e política entre os países componentes do bloco;

- Facilitar a sua participação no processo de integração regional, visando à formação progressiva de um Mercado Comum Latino-Americano;

- Promover o desenvolvimento equilibrado e harmonioso dos países-membros por meio da integração e da cooperação econômica e social;

- Proporcionar mais postos de trabalho;

- Reduzir as diferenças de desenvolvimento entre os países integrantes da Comunidade Andina;

- Promover a melhoria da qualidade de vida da população;

- Melhorar a posição dos países do bloco no contexto econômico global.


Os países-membros da Comunidade Andina somam uma população de cerca de 100 milhões de habitantes, ocupando uma extensão territorial de 3.798.000 quilômetros quadrados. Em 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) gerado pelos integrantes da Comunidade Andina atingiu a marca de 438,9 bilhões de dólares.

Características dos países que integram a Comunidade Andina:


Bolívia:

Extensão territorial: 1.098.581 km²
População: 9.862.860 habitantes
Capital: La Paz (sede do governo e administrativa), Sucre (legal)
Produto Interno Bruto (PIB): 16,7 bilhões de dólares
Moeda: Boliviano
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,643.


Colômbia:

Extensão territorial: 1.138.914 km²
População: 45.659.709 habitantes
Capital: Bogotá
Produto Interno Bruto (PIB): 242,2 bilhões de dólares
Moeda: Peso Colombiano
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,689.


Equador:

Extensão territorial: 283.561 km²
População: 13.625.069 habitantes
Capital: Quito
Produto Interno Bruto (PIB): 52,6 bilhões de dólares
Moeda: Dólar Americano
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,695.


Peru:

Extensão territorial: 1.285.216 km²
População: 29.164.883 habitantes
Capital: Lima
Produto Interno Bruto (PIB): 127,4 bilhões de dólares
Moeda: Sol Novo
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,723.

Comunidade Andina - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais




Formada apenas por países sul-americanos, localizados na América Andina (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru), a Comunidade Andina foi criada em 1969 por meio do Acordo de Cartagena. A primeira denominação desse bloco econômico foi Pacto Andino e, somente em 1997, recebeu a atual nomenclatura. A sede da Comunidade Andina está localizada na cidade de Lima, capital do Peru.

Outros dois países já foram membros efetivos da Comunidade Andina: Chile (de 1969 a 1976) e a Venezuela (entre 1973 e 2006). Esse bloco econômico tem, atualmente, cinco nações associadas – Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, além de dois países observadores: México e Panamá.

A estrutura administrativa desse bloco econômico é formada pelas instituições do Sistema Andino de Integração (SAI), entre os principais estão: Conselho Presidencial Andino, Conselho de Ministros das Relações Exteriores, Comissão, Secretaria Geral, Parlamento Andino, Tribunal de Justiça, Fundo Latino-Americano de Reservas (FLAR) e Universidade Simón Bolívar.

Os objetivos primordiais da Comunidade Andina são:

- Realizar a integração comercial, econômica e política entre os países componentes do bloco;

- Facilitar a sua participação no processo de integração regional, visando à formação progressiva de um Mercado Comum Latino-Americano;

- Promover o desenvolvimento equilibrado e harmonioso dos países-membros por meio da integração e da cooperação econômica e social;

- Proporcionar mais postos de trabalho;

- Reduzir as diferenças de desenvolvimento entre os países integrantes da Comunidade Andina;

- Promover a melhoria da qualidade de vida da população;

- Melhorar a posição dos países do bloco no contexto econômico global.


Os países-membros da Comunidade Andina somam uma população de cerca de 100 milhões de habitantes, ocupando uma extensão territorial de 3.798.000 quilômetros quadrados. Em 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) gerado pelos integrantes da Comunidade Andina atingiu a marca de 438,9 bilhões de dólares.

Características dos países que integram a Comunidade Andina:


Bolívia:

Extensão territorial: 1.098.581 km²
População: 9.862.860 habitantes
Capital: La Paz (sede do governo e administrativa), Sucre (legal)
Produto Interno Bruto (PIB): 16,7 bilhões de dólares
Moeda: Boliviano
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,643.


Colômbia:

Extensão territorial: 1.138.914 km²
População: 45.659.709 habitantes
Capital: Bogotá
Produto Interno Bruto (PIB): 242,2 bilhões de dólares
Moeda: Peso Colombiano
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,689.


Equador:

Extensão territorial: 283.561 km²
População: 13.625.069 habitantes
Capital: Quito
Produto Interno Bruto (PIB): 52,6 bilhões de dólares
Moeda: Dólar Americano
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,695.


Peru:

Extensão territorial: 1.285.216 km²
População: 29.164.883 habitantes
Capital: Lima
Produto Interno Bruto (PIB): 127,4 bilhões de dólares
Moeda: Sol Novo
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,723.

Classificação dos blocos econômicos - Os tipos de blocos econômicos variam conforme o seu nível de integração e relação comercial - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



Classificação dos blocos econômicos
Os tipos de blocos econômicos variam conforme o seu nível de integração e relação comercial.

União Europeia e MERCOSUL são os dois mais bem-sucedidos blocos econômicos

Dessa maneira, foram surgindo os blocos econômicos, com distintos níveis de integração, a saber:

Zona de Livre Comércio: em que os acordos comerciais estabelecidos objetivam exclusivamente a redução ou a eliminação de taxas alfandegárias nas trocas comerciais entre os países-membros. Exemplo: APEC – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico.

União Aduaneira: além de ser uma Zona de Livre Comércio, resulta de uma mesma regulamentação para o comércio dos países do bloco com outras nações, adotando, assim, a chamada Tarifa Externa Comum (TEC). Exemplo: Comunidade Andina de Nações.

Mercado Comum: engloba a Zona de Livre Comércio e a União Aduaneira, além de permitir a livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços entre os países-membros. Exemplo: MERCOSUL – Mercado Comum do Sul.

União Política, Econômica e Monetária: estágio mais avançado de um bloco econômico. Além dos três níveis de integração acima, as nações adotam a mesma política econômica, além de uma moeda única. Exemplo: União Europeia.

Ao todo, existem pouco mais de trinta blocos econômicos regionais, envolvendo países de todas as partes do globo terrestre, com distintos níveis de integração.

CEI – Comunidade dos Estados Independentes - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



Símbolo da CEI

O fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991, proporcionou a independência de várias nações que a integravam. Porém, o vínculo estabelecido entre esses países gerou entre eles uma grande dependência nas relações políticas, militares e econômicas.

Nesse sentido, no dia 8 de dezembro de 1991, foi criada a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), cujo principal objetivo era estabelecer um sistema econômico e de defesa entre as nações da extinta URSS. Os primeiros integrantes do bloco foram: a Rússia, a Bielorrússia e a Ucrânia. Posteriormente se integraram ao bloco, os seguintes países: Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Uzbequistão, além do Turcomenistão, que atualmente é um membro associado à CEI. A Geórgia desligou-se do grupo em 2009, e os três países bálticos (Lituânia, Estônia e Letônia) são os únicos países que compunham a União Soviética que nunca fizeram parte da CEI.

A população da CEI é de aproximadamente 274 milhões de habitantes, sendo a Rússia, o país mais populoso – 140,8 milhões de habitantes. Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) do bloco foi de 587,8 bilhões de dólares.

A autonomia de cada nação é respeitada, não havendo, portanto, interferência de outros países nas questões políticas internas. Qualquer país pode abandonar a Comunidade dos Estados Independentes após ter anunciado essa intenção, desde que a mesma seja com um ano de antecedência.

Minsk, capital da Bielorrússia, é a cidade onde se localiza a sede da Comunidade dos Estados Independentes. A estrutura administrativa do bloco é composta por dois conselhos, sendo um formado por chefes de Estado e o outro por chefes de Governo, cujos encontros ocorrem a cada três meses.

A Federação Russa é a nação com maior destaque no bloco, pois apresenta grande importância no cenário econômico e geopolítico global. As nações, de um modo geral, estão estabelecendo relações econômicas com países fora do bloco, reduzindo os laços com os países integrantes da CEI.

Caricom - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais



O Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom) foi criado no dia 4 de julho de 1973, como um bloco de cooperação econômica e política. Atualmente os países membros são: Antigua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Em 1998, Cuba foi aceita no grupo como país observador.


Símbolo do Caricom

O Caricom é composto por países ex-colônias europeias, que após terem adquirido a independência viram a necessidade de uma união entre si para superar problemas econômicos e sociais. Busca-se, com a união desses países, acelerar o processo de desenvolvimento econômico e social.

Através da formação desse bloco, os países membros, em comum acordo, objetivam o livre comércio na região, proporcionar a circulação do trabalho e capital, coordenar a agricultura e a indústria.

Em 1999, foi criado um acordo de livre comércio para a redução de tarifas entre os países do Caricom. No entanto, as tarifas continuam elevadas, com uma média de 15%, índice considerado alto pela OMC (Organização Mundial do Comércio). No ano 2000, Cuba e República Dominicana foram inseridas nos acordos de livre comércio com o bloco.

O Caricom é um bloco que, além de questões econômicas, aborda aspectos como política externa, e desenvolve projetos comuns nas áreas de saúde, meio ambiente, educação e comunicação.

Atualmente o bloco tem uma população de, aproximadamente, 14,6 milhões de habitantes, o PIB (Produto Interno Bruto) é de US$ 28,1 bilhões.

CAFTA - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais - Geografia


Nações que integram o CAFTA

CAFTA (Tratado de Livre Comércio entre Estados Unidos, América Central e República Dominicana) é a denominação de um bloco que visa a estabelecer uma zona de livre comércio entre a Costa Rica, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Nicarágua e República Dominicana.

Esse acordo internacional visa à redução e à eliminação das tarifas alfandegárias, proporcionando maior flexibilidade nas importações e exportações de produtos entre os países membros. Outros objetivos do CAFTA são:

- Extinguir as medidas protecionistas entre os países integrantes;
- Eliminar os subsídios na produção agrícola;
- Fortalecer as regras trabalhistas;
- Estabelecer leis ambientais.

Com a implantação do CAFTA, os produtos exportados pelos Estados Unidos terão as tarifas reduzidas em 80%, atingindo a marca de 100% em 10 anos. A formalização desse bloco proporcionará a expansão das empresas transnacionais estadunidenses, pois elas poderão atuar nos países da América Central pagando impostos inferiores e utilizando mão de obra muito barata.

Para as outras nações integrantes, a implantação do bloco pode até ser positiva, pois ocorrerá o desenvolvimento industrial, modernização da economia e maior número de postos de trabalho. Entretanto, alguns especialistas afirmam que os problemas socioambientais se intensificarão, além de possíveis ondas de privatização. Outro aspecto destacado pelos opositores ao CAFTA se refere às relações comerciais, visto que os países da América Central já exportam produtos para os Estados Unidos com taxas reduzidas, devido à ICB (Iniciativa da Bacia do Caribe).

O CAFTA será uma etapa de fundamental importância para a formação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), pois o seu sucesso poderá servir de incentivo para a integração dos países americanos em um bloco econômico, formando a maior zona de livre comércio do planeta (em quantidade de integrantes), superando, inclusive, a União Europeia (UE).

Blocos Econômicos da América Latina - Caracterização de dois blocos efetivos (MERCOSUL e ALBA) e um bloco apenas projetado - (ALCA), destacando suas características principais e enfrentamentos. - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais - Geografia

Os Blocos Econômicos visam principalmente à organização de acordos comerciais entre os países-membros

Os blocos geoeconômicos são instituições supranacionais, ou seja, que estão acima do domínio de uma nação, formados pelo agrupamento de mais de dois países que possuem como objetivo principal a organização de acordos comercias, implementando uma redução gradual das tarifas alfandegárias a fim de potencializar o fluxo de mercadorias entre os países-membros e estimular a concorrência em determinados setores de suas economias.

A partir da década de 1950, as empresas transnacionais começaram a direcionar suas filiais para os mais diferentes países e, em pouco tempo, passaram a dominar o comércio internacional. Nessa perspectiva, os blocos geoeconômicos se tornaram necessários para estabelecer algumas normas e gerenciar os fluxos comerciais, pois em uma economia de mercado, os governos não têm capacidade para controlar as decisões tomadas por essas empresas.

A América Latina possui diferentes níveis de subdesenvolvimento, herança de seu passado colonial e de diversas práticas políticas internas e externas. Os blocos econômicos que existem na região expõem a fragilidade de suas economias e as dificuldades em promover uma integração econômica e política mais completa e abrangente.

Alguns dos Blocos Econômicos ou projetos presentes no continente latino-americano são:

ALBA (Aliança Bolivariana para as Américas)

Em 2004, os líderes de Cuba e Venezuela apresentaram a proposta da Alba, bloco que tem a pretensão de integrar a região do Caribe e o restante da América Latina a partir de propostas de incentivo à solidariedade mútua, projetos sociais e econômicos. Efetivamente, o bloco tem realizado intercâmbio de médicos cubanos para a Venezuela em troca de petróleo e acordos comerciais nos setores de energia e mineração dominados por Venezuela, Bolívia e Equador. São membros: Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e Granadinas e Venezuela. Honduras retirou-se em 2010 alegando um suposto tratamento desrespeitoso em relação ao país, o que diz respeito à reação contrária dos principais membros do grupo ao golpe militar que destituiu o presidente Manuel Zelaya no ano de 2009.

ALCA (Área de Livre Comércio das Américas)

Iniciativa dos Estados Unidos, propõe a formação de uma área de livre comércio em todo o continente americano, com exceção a Cuba. O acordo deveria ter entrado em vigor no ano de 2005, mas após os atentados de 11 de setembro de 2001 ocorreu uma mudança de foco da política externa dos Estados Unidos adotada pelo então presidente George W. Bush, que priorizou a ofensiva contra os países que representassem ameaça à segurança do país. As negociações relacionadas à Alca acabaram relegadas a segundo plano, ao mesmo tempo em que diversos países latino-americanos tiveram transformações políticas consideráveis, com a ascensão de governos de orientação esquerdista, principalmente na América do Sul, que se posicionaram contrários à concretização do bloco.

Um dos maiores questionamentos com relação à Alca corresponde a sua estruturação, que nitidamente privilegia o domínio econômico dos Estados Unidos em detrimento da produção industrial e agrícola dos outros países da região, que não estariam preparados para uma abertura rápida e profunda de suas economias. Outro ponto discutível é a manutenção dos subsídios oferecidos a determinados setores da economia norte-americana, o que tornaria o bloco descomprometido com o desenvolvimento da região.

Logo em seu primeiro mandato, o presidente estadunidense Barack Obama apresentou em seu plano de metas para a América Latina a retomada das negociações da Alca, mas a política externa dos Estados Unidos esteve nos últimos anos mais concentrada em questões como Oriente Médio (Irã, Síria, Afeganistão) e China, enquanto no plano interno a Crise Econômica Mundial e a recuperação da economia do país ainda denotam maior preocupação do que as relações com a América Latina. O segundo mandato de Obama pode apresentar novidades quanto a acordos bilaterais com os países da América Latina em temas como combate ao narcotráfico e migrações.

MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)

O bloco foi criado em 1991 após a assinatura do Tratado de Assunção por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, os chamados membros plenos ou efetivos. Em 2012, a Venezuela assumiu uma posição como membro efetivo após a suspensão temporária do Paraguai, cujo Congresso se colocava contrário ao ingresso da Venezuela em razão de divergências ideológicas com o presidente venezuelano Hugo Chávez. Após o processo de impeachment que depôs o presidente paraguaio Fernando Lugo, os governos de Brasil, Argentina e Uruguai puniram o Paraguai, o que abriu a lacuna necessária para a entrada da Venezuela no bloco.

Os países plenos ou efetivos têm direito de voto em decisões que direcionam o bloco. Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador são membros associados, apenas participando das trocas comerciais.

Entre os objetivos gerais do bloco estão a criação de uma área de livre comércio e de uma união aduaneira. Entre tantas ambições, o Mercosul também busca a uniformização das taxas de juros, criação de uma moeda única e estabelecimento de livre circulação de pessoas. Atualmente, a formação de uma União Aduaneira está avançada em determinados segmentos. Uma União Aduaneira é quando, além do livre comércio, ocorre o estabelecimento de tarifas iguais entre os países-membros com relação aos produtos comercializados com países que não pertencem ao bloco.

Vários enfrentamentos têm comprometido o MERCOSUL, como a instabilidade política e econômica da maioria dos países-membros. Além disso, as divergências com relação ao direcionamento do bloco e os acordos bilaterais ferem as premissas da organização, que teoricamente prioriza a integração econômica da região e não apenas o favorecimento dos setores econômicos mais fortes dos países envolvidos. Tal fato tem se tornado muito comum devido ao lobby exercido por empresários, grandes agricultores e até mesmo políticos. Essa pressão acaba induzindo os governos a protegerem determinados setores, minando as tentativas de incentivo à competitividade a partir da entrada de produtos estrangeiros.

ASEAN - Blocos Econômicos e Organizações Internacionais - Geografia


Símbolo da ASEAN

Criada em 8 de agosto de 1967, a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) surgiu de um acordo entre Cingapura, Indonésia, Filipinas, Malásia e Tailândia, para assegurar o desenvolvimento econômico e a estabilidade política da região. Atualmente, os países integrantes da ASEAN são: Brunei Darussalam, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã.

Os principais objetivos dessa associação são: acelerar o crescimento econômico, progresso social e desenvolvimento cultural na região e promover a paz e a estabilidade através do respeito e justiça entre os países integrantes.

Os países membros da ASEAN adotaram durante a conferência de 1976 o Tratado de Amizade e Cooperação, que apresenta os seguintes princípios fundamentais: o respeito mútuo pela independência, soberania, igualdade, integridade territorial, identidade nacional; o direito de cada Estado para conduzir a sua existência nacional, livre de interferências externas; não ingerência nos assuntos internos de outro país; a renúncia à ameaça ou uso da força; cooperação eficaz entre si.


Países membros da ASEAN

Alguns acordos foram estabelecidos entre os países integrantes da ASEAN, em 1992 foi criada a zona de livre comércio, sendo implantada gradativamente até 2008. Outros projetos estão sendo criados com o intuito de facilitar a circulação de pessoas de negócio, fortalecer as instituições da ASEAN e acelerar a integração regional nos setores prioritários (viagens aéreas, produtos eletrônicos, pescas, saúde, produtos à base de borracha, têxteis e confecções, turismo e produtos de madeira).

A Associação das Nações do Sudeste Asiático busca a integração econômica entre os países membros, pretendendo obter o desenvolvimento econômico com equidade e redução da pobreza e desigualdade socioeconômicas até 2020.