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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Sociologia rural - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia rural

A sociologia rural é um ramo da sociologia associado ao estudo da vida social em áreas não metropolitanas. Mais especificamente, a sociologia rural é o estudo científico da organização social e das relações entre pessoas distanciadas de grandes localidades ou de centros de actividade económica. Como disciplina sociológica, a sociologia rural envolve a análise de dados estatísticos, entrevistas, teoria social, observação, e outras técnicas.

Ao contrário da sociologia rural, a sociologia urbana é o estudo da vida social urbana.

O agronegócio é um dos temas de estudo mais actuais da sociologia rural, e muito de seu campo é dedicado à economia da agricultura local e ao impacto das grandes empresas de produção de alimentos nas comunidades rurais. Outras áreas de estudo incluem a migração rural e outros padrões demográficos, a sociologia ambiental, os cuidados com a saúde rural e a educação, etc. E seu estudo é importante porque a maioria dos países em desenvolvimento é composto de áreas metropolitanas.

Sociologia da religião - Sociologia da religião no Brasil 2 Jacques Attali 2.1 Do judaísmo ao cristianismo 2.1.1 Citações cristãs anti-dinheiro 2.2 Do catolicismo para o protestantismo - nova reversão 3 Bertrand Russel - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia da religião

Sociologia da religião busca explicar empiricamente as relações mútuas entre religião e sociedade. Os estudos fundamentam-se na dimensão social da religião e na dimensão religiosa da sociedade.

Sociologia da religião no Brasil

O marco referencial da consolidação da sociologia da religião como campo autônomo de pesquisa no Brasil é a publicação da obra "Católicos, Protestantes, Espíritas", de Cândido Procópio Ferreira de Camargo, em 1973.1 Nomes de referência no Brasil: Edison Carneiro, Beatriz Muniz de Souza, Antônio Flávio Pierucci, Reginaldo Prandi, dentre outros.

Jacques Attali

Do judaísmo ao cristianismo

Jacques Attali argumenta em Les Juifs, le Monde et l'Argent que com a chegada de Jesus Cristo e o posterior desenvolvimento do cristianismo há uma revolução na atitude perante o dinheiro. Esta clivagem tem muito a ver com a mesma clivagem existente dentro do judaísmo ao tempo de Jesus entre Saduceus (judeus estabelecidos, conservadores) e Fariseus e Essênios (com uma atitude mais revolucionária, igualitária, ascética).

Se, para o judaísmo, possuir o dinheiro é uma forma de estar em posição de evitar a violência e de resolver possíveis problemas futuros, já para a nova religião nascente, o dinheiro é algo de sujo e problemático (a mesma atitude de algumas das facções do judaísmo mencionadas).

Nas palavras de Attali:

Paralelamente aprofundam-se as diferenças entre as duas doutrinas económicas. Quer no Judaísmo como no Cristianismo acredita-se nas virtudes da caridade, da justiça e das ofertas. Mas para os Judeus, é desejável ser rico, enquanto que para os Cristãos é recomendado ser-se pobre. Para uns, (os Judeus) a riqueza é um meio para melhor servir Deus; para os outros, (os Cristãos) ele impossibilita a salvação. Para uns, o dinheiro pode ser um instrumento do bem; para os outros os seus efeitos são sempre desastrosos. Para uns, qualquer pessoa pode gozar do dinheiro bem ganho; para os outros ele queima-lhe os dedos. Para uns, morrer rico é uma bênção, desde que o dinheiro tenha sido adquirido moralmente e que se tenha cumprido com todos os deveres para com os pobres da comunidade; para os outros, morrer pobre é uma condição necessária da salvação.
É assim que Mateus (no episódio Jesus e o jovem rico), escreve sobre Jesus: “Digo-vos mais uma vez: é mais facil a um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que a um rico entrar para o céu” (19, 24). E se Lucas conclui a Parábola do Mordomo Infiel por uma frase ambígua: Façam-se amigos do dinheiro da desonestidade (16, 11), ele acrescenta ainda “façam o bem e emprestem sem nada esperar em troca” (6,35).
De facto, como vimos, para os Judeus, receber juros do dinheiro não é imoral; e se não é permitido fazê-lo entre Judeus é por uma questão de solidariedade, e não por interdição moral. O dinheiro é, como o gado, uma riqueza fértil e o tempo é um espaço a valorizar. Pelo contrário, para os Cristãos, como para Aristóteles e os Gregos, o dinheiro, como o tempo, não produz em si qualquer riqueza, ele é estéril; e fazer comércio de dinheiro é um pecado mortal. Esta obsessão pela esterilidade do dinheiro reenvia também para o ódio pela sexualidade, interdita fora do casamento. Para a nova Igreja, nada deve ser fértil que não tenha sido criado por Deus. Fazer trabalhar o dinheiro é fornicar.
Sem dúvida é preciso ver nestas diferenças o traço de um conflito muito antigo entre essénios e saduceus, e o desejo dos apóstolos de ganhar o apoio dos mais pobres entre os Judeus.
As ofertas dos Judeus às suas comunidades são limitadas a um quinto das suas receitas. Pelo contrário, encoraja-se os Cristãos a doar sem limites à Igreja. Enquanto que as comunidades judaicas devem redistribuir integralmente estas doações aos pobres (ver Templo de Salomão) a Igreja pode conservar o dinheiro, pelo menos em parte, para ela mesma a fim de de criar pelo esplendor as condições do assombro e da salvação dos homens. Para ela, o dinheiro, que não produziria juros, pode produzir a graça se ele transitar pela Igreja. Toda a potência eclesiástica do futuro advém desta reversão da relação com o dinheiro.
...
Mesmo se neste espírito, alguns teólogos do Cristianismo antigo como Clemente de Alexandria, glorificam uma ética económica muito semelhante à da moral do Pentateuco, os primeiros Cristãos encontram argumentos nestas passagens dos Evangelhos para apoiar a tese de que entre os Judeus tudo se mede em dinheiro, tudo se troca: mesmo o tempo, mesmo a carne humana, mesmo Deus! O Judeu, dizem eles, o qual vendeu o Messias por dinheiro, está pronto a tudo comprar e a tudo vender. O mercado é a sua única lei. O anti-judaísmo Cristão é imediatamente inseparável da condenação económica.
Citações cristãs anti-dinheiro

"Todo o homem rico é, ou injusto na sua pessoa, ou herdeiro da injustiça e da injustiça de outros" (Omnis dives aut iniquus est, aut heres iniqui) - São Jerónimo.
"Quem quer se tornar rico tomba nas armadilhas do demónio, e se entrega a mil desejos não apenas vãos mas perniciosos, que o precipitam por fim no abismo da perdição e da condenação eterna" São Timóteo, 6
"Ou tu és rico e tens o supérfluo, e nesse caso o supérfluo não é para ti mas para os pobres; ou então tu estás numa fortuna mediocre, e então que importa a ti procurar aquilo que não podes guardar ?" São Bernardo
"Mas a moral do evangelho vai ainda mais longe; porque ela nos ensina que quanto mais um cristão é rico, mais ele deve ser penitente; ou seja, mais ele se deve deduzir das doçuras da vida; e que estas grandes máximas de renúncia, de escrutínio, de desapego, de crucificação, tão necessárias à salvação, são muito maiores para ele do que para o pobre" Louis Bourdaloue, jesuíta francês do século XVII.
"E não podemos dizer também que quase todos os ricos são homens corruptos, ou antes, perdidos pela intemperança das paixões carnais que os dominam? Porquê ? Porque têm todos os meios do ser, e que não usam as suas riquezas que não seja para saciar as suas brutais avarices. Vítimas reservadas à cólera de Deus, engordados dos seus próprios bens! Quantos é que conheceis que não sejam assim ? Quantos é que vós conheceis que, na opulência, tenham aprendido a dominar o seu corpo e a o limitar em restrição ? Um rico continente ou penitente não será uma espécie de milagre ?", Louis Bourdaloue, jesuíta francês do século XVII.
"Uma virgem pode conceber, uma estéril pode dar à luz, um rico pode ser salvo: estes são três milagres nos quais as escrituras sagradas não nos ensinam outra coisa que não seja que Deus é omnipotente. Pois é verdade, ó rico do mundo, que a tua salvação não é nada fácil, ela seria impossível se Deus não fosse omnipotente. Consequentemente, esta dificuldade passa bem distante dos nossos pensamentos, já que é necessário, para a ultrapassar uma potência infinita. E não me digas que estas palavras não te dizem respeito porque talvez não sejas rico. Se não és rico, tu tens vontade de o ser; e estas maldições sobre a riqueza devem cair não tanto sobre os ricos mas sobretudo sobre aqueles que o desejam ser. É para esses que o apóstolo pronuncia, que eles caem na armadilha do diabo e de muitos desejos malvados, que precipitam o homem na perdição. ... Também o apóstolo tem razão quando diz que o desejo de riqueza é a raiz de todos os males; Radix omniumm malorum est cupiditas". Jacques Bénigne Bossuet (1627-1704), bispo, teólogo e escritor francês, sermão em Metz a 4 de Outubro de 1652.
Do catolicismo para o protestantismo - nova reversão

Jacques Attali vê com o advento da Reforma Protestante uma nova reversão na relação para com o dinheiro, repondo entre os protestantes do mundo ocidental (norte e oeste da Europa) o entendimento que os Judeus faziam do dinheiro. Este regresso aos princípios económicos do Judaísmo caracteriza a sociedade moderna.

Attali acusa Max Weber de não ter reconhecido na ética que possibilitou o novo mundo dos negócios capitalistas, a ética judaica. Attali escreve: "Weber não vê que os Judeus inventaram a ética bem antes dos Gregos ou dos puritanos" ..." e que para eles (os Judeus) a actividade económica é um meio essencial de ir ter com Deus".

Bertrand Russel

Confirmando algumas destas ideias de Attali, encontramos um trecho de Bertrand Russel, em "Filosofia do Mundo Ocidental", no capítulo "A política de Aristóteles":

Desde o tempo dos gregos até hoje, a Humanidade, ou pelo menos a parte economicamente mais desenvolvida dela se divide entre devedores e credores; os devedores são contra os juros e os credores são a favor. Quase sempre, os detentores de terras são devedores, enquanto que os comerciantes são credores.
Os filósofos, com poucas excepções, concordam com os interesses financeiros da sua classe. Os filósofos Gregos pertencem à classe dos proprietários de terra ou trabalhavam ao seu serviço. Por isso, eles recusavam os juros.
Os filósofos da Idade Média eram homens da Igreja; o património da Igreja constituia-se sobretudo de terras; eles não viam pois razão para rever as ideias de Aristóteles.
A sua antipatia contra a usura foi ainda reforçada pelo Anti-semitismo, já que o capital fluido (ou seja em dinheiro, facilmente transmissível) estava em grande parte na posse de Judeus...
Com a Reforma Protestante, a situação muda. Muitos dos protestantes mais convictos eram comerciantes, para quem o empréstimo de dinheiro a juros era muito importante... Por isso, os juros foram aceites, primeiro por Calvino e depois por outros protestantes. Finalmente, a Igreja Católica viu-se forçada a seguir o exemplo deles, já que as velhas proibições já não se enquadram no mundo moderno.

Bibliografia

CAMARGO, Cândido Procópio Ferreira de. Católicos, Protestantes, Espíritas, Petrópolis: Vozes, 1973.
HOUTART, François. Sociologia da religião. São Paulo: Ática, 1994.
JARDILINO, Jose Rubens Lima; SOUZA, Beatriz Muniz de; GOUVEIA, Eliane Hojaij. Sociologia da religião no Brasil. Educ, 1999.
PIERUCCI, Antônio Flávio. Igreja: contradições e acomodação. São Paulo: Brasiliense / CEBRAP, 1978. 188 p.
PIERUCCI, Antônio Flávio; PRANDI, R. A realidade social das religiões no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1996. 294 p.
SOUZA, Beatriz Muniz de; MARTINO, Luis Mauro Sá. Sociologia da religião e mudança social São Paulo: Paulus , 2004.
TEIXEIRA, Faustino. Sociologia da religião. Petrópolis: VOZES, 2003.
WACH, Joachim; CANCIAN, Attilio. Sociologia da religião. São Paulo: Paulinas, 1990.
PRANDI, Reginaldo, Os Candomblés de São Paulo, Hucitec, 1991

Sociologia das relações de gênero - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia das relações de gênero

A sociologia das relações de gênero surge de modo a dar conta de questões relativas à identidade sexual e seus processos de construção.1 Além disso, procura fazer um corte de gênero nos mais diversos objetos da sociologia tal qual a sociologia marxista que propõe que se leve em conta as classes sociais. 1

Essa sociologia procura dar uma ênfase maior na subjetividade dos atores sociais, afastanto-se da noção da racionalidade cunhada pela modernidade, apresentanto novas críticas a esta.1

Referências

↑ a b c SOUSA, Sandra Maria Nascimento. 'Mulheres em movimento: memória da participação das mulheres nos movimentos pelas transformações das relações de gênero nos anos 1970 a 1980. São Luís/MA: [s.n.], 2007.

Sociologia política - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia política

Sociologia política é o ramo da sociologia que reflete sobre o poder, o Estado e o dever político. É o estudo das bases sociais da política. A Sociologia ajuda a entender a politica em si. Esta deriva do grego politheia.

Foi instituída pelo francês Auguste Comte e desenvolvida posteriormente por outros autores como Emile Durkheim e Karl Marx, entre outros. Obras de pensadores como Thomas Moore, John Locke, Thomas Hobbes e Montesquieu contribuíram para seu desenvolvimento.

Sociologia médica - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia médica

Sociologia médica ou "Sociologia da Saúde" é o estudo do comportamento de grupos e/ou indivíduos que dizem respeito à saúde e à doença. Desse modo, a palavra médica fica deslocada já que a disciplina não diz respeito ao profissional de saúde, nem à profissão em si, mas a comportamentos que induzem estados alterados de saúde.

Nas sociedades contemporâneas ocidentais assiste-se, por um lado, a uma confiança generalizada nas práticas médicas e no tratamento que elas oferecem e, por outro, a um aumento da desilusão para com a medicina científica. Neste contexto, assiste-se a um progressivo alargamento da esfera médica ao social, mas, por outro lado, a procura por parte do social da prática médica. Verifica-se, assim, uma importância fulcral do médico no social quando ele rotula uma nova condição. Ao rotular uma condição como doença a esfera médica alarga a sua esfera de actividade, abrindo-se a possibilidade de novas investigações, áreas e contratos com farmacêuticas.

As perspectivas médicas da saúde, da doença e do corpo dominam os discursos públicos e privados e as práticas sociais quotidianas da população – os problemas são colocados sob o olhar médico científico, ficando esses problemas sociais submetidos à racionalidade das ciências biomédicas. Assim, a medicalização tem também a ver com o modo como, através do seu discurso e das suas práticas institucionalizadas, a medicina exerce uma autoridade moral que acaba por legitimar a sua interferência na criação de ideias e valores na sociedade.

O médico, por seu lado, está envolvido de prestígio aos olhos da população – “Só a profissão médica se encontra, pois, habilitada a declarar oficialmente sobre a saúde e a doença. A sua base cognitiva exclusiva, conhecimentos muito codificados e cientificamente conotados, constitui o ponto de partida do reconhecimento público do bem profissional que proporciona...” (Ruivo, 1987: 136) De acordo com Fernando Ruivo, a profissão médica e o discurso adoptado pelos médicos assumem um lugar de grande destaque na sociedade, facto que se deve, muito em parte, ao sucesso profissional da medicina, à sua neutralidade e independência social. No decurso do século XVIII a medicina operou a transição da preocupação dominante com a salvação das almas para a saúde dos corpos, sendo o processo como esta transição se materializa descrito por Foucault – Foucault sublinha que «os anos anteriores e imediatamente posteriores à Revolução viram nascer dois grandes mitos, cujos temas e polaridades são opostos: mito de uma profissão médica nacionalizada, organizada à maneira do clero e investida, ao nível da saúde e do corpo, de poderes semelhantes aos que este exercia sobre as almas; mito de um desaparecimento total da doença numa sociedade sem distúrbios e sem paixões, restituída à sua saúde de origem» (Foucault, 1967 in Ruivo, 1987:130).

Sociologia das histórias em quadrinhos - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia das histórias em quadrinhos

Sociologia das histórias em quadrinhos (Brasil) ou Sociologia das histórias aos quadradinhos (Portugal) é uma sociologia especial que aborda as histórias em quadrinhos a partir da perspectiva sociológica e muitas vezes com um viés marxista.

A Sociologia das HQ é uma das menos desenvolvidas entre as sociologias especiais, mas já conta com um número razoável de produção sociológica. Ela se distingue das demais formas de análise das HQ (semiótica, por exemplo) por analisar o processo social de produção das HQ, os valores culturais presentes nelas, os seus efeitos no público leitor, entre outros aspectos sociais.

Na França, Jacques Marny ao publicar seu livro Sociologia das Histórias aos Quadradinhos forneceu uma contribuição pioneira e que se tornou uma das primeiras referências nesta temática.

No Brasil, o sociólogo Nildo Viana ao publicar Heróis e super-Heróis no mundo dos quadrinhos não somente contribuiu com o desenvolvimento de estudos sociológicos sobre um subgênero das HQ, o caso do que ele denomia "superaventura", mas também lançou algumas sugestões teórico-metodológicas importantes, relacionando HQ e valores dominantes, com o seu conceito de axiologia, por um lado, e com o conceito de inconsciente coletivo, que ele ressignificou, dando nova definição deste termo que tem origem na psicanálise de Jung. O mesmo autor, em artigo posterior, "O Que dizem os quadrinhos", apresenta um esboço de uma sociologia das histórias em quadrinhos, apontando como se realiza a discussão sociológica sobre esta temática, tal como a produção social dos quadrinhos, as mensagens (concepções, valores) repassadas pelas HQ, e uma breve reflexão sobre o público leitor das Revistas em Quadrinhos, veja abaixo, em Para ler mais.

Além destes estudos basilares da sociologia das HQ, há também a produção de monografias e teses sobre determinados personagens (Tintin, Pato Donald, etc.). Este é o caso de alguns livros, tais como o de Orlando Miranda, Tio Patinhas e os mitos da comunicação; Ariel Dorfman e Armand Mattelart, Para ler o Pato Donald e Ariel Dorfman e Manuel Jofré, Super-Homem e seus amigos do peito.

Bibliografia

Dorfman, A. e Jofré, M. Super-Homem e seus amigos do peito. Rio de Janeiro - Paz e Terra, 1978.
Dorfman, A. e Mattelart, A. Para ler o Pato Donald. Comunicação de massa e colonialismo. 2a edição, Rio de Janeiro - Paz e Terra, 1980.
Marny, Jacques. Sociologia das histórias aos quadradinhos. Lisboa - Civilização, 1978.
Miranda, Orlando. Tio Patinhas e os mitos da comunicação. 2a edição. São Paulo - Summus, 1978.
Viana, Nildo. Heróis e Super-Heróis no Mundo dos Quadrinhos. Rio de Janeiro - Achiamé, 2005.

Sociologia das organizações - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia das organizações

A Sociologia das Organizações é um ramo aplicado da Sociologia que se ocupa de analisar os aspectos sociológicos de organizações, isto é, de empresas, fundações, órgãos públicos e congêneres.

O objetivo da Sociologia das Organizações é tanto o estudo dos aspectos de uma sociedade que influem na organização e no desenvolvimento das organizações quanto prover uma melhor compreensão dos fenômenos que ocorrem dentro de uma organização sob um ponto de vista sociológico.

O sociólogo Max Weber inaugurou o estudo da Sociologia aplicado às organizações. Max Weber prognosticou a ascensão da burocracia como forma de se ordenar as relações humanas entre si e com a organização, propiciando que objetivos explícitos sejam atingidos. A burocracia, segundo Weber, é uma forma prescritiva de delegar responsabilidades e padronizar a comunicação de acordo com normas predefinidas e impessoais. Weber também saudava o desenvolvimento de leis de propriedade e de instituições de direito em seu tempo, criando o que seria o princípio do hoje denominado ambiente propício aos negócios e dos marcos regulatórios.

Vale notar que burocracia, para Weber, não carregava o significado negativo de sua menção usual, por exemplo, em reclamações sobre filas de bancos ou na demora no atendimento em serviços públicos. A definição de Weber precede a conotação presente e até mesmo a motivou, visto que esta advém de uma opinião negativa sobre o funcionamento da burocracia.

A visão de teóricos atuais das organizações, como Henry Mintzberg, destoa da weberiana por dar importância preponderante às relações interpessoais formadas no ambiente de trabalho e aos objetivos individuais dos participantes de uma organização. Para Mintzberg, a formação de grupos de interesse dentro da organização assim como subverte a ordem burocraticamente predita, também transforma a própria burocracia à sua imagem quando de posse do poder para tanto.

Anterior a Mintzberg é a visão de Michael Porter, que desdenha dos aspectos sociológicos da administração, pondo uma ênfase maior nas relações econômicas entre organizações como fatores preponderantes para sua formação e evolução.

Esta descrição sociológica das organizações, bem como todas as anteriores, sofrem fortes críticas de teóricos marxistas. São por eles consideradas uma justificação cientificista da dominação do indivíduo ou, em outras palavras, a reificação de um ideal burguês inconsistente. De acordo com Istvan Meszaros, as "instituições do Estado moderno" (Weber) foram construídas junto com o processo de apropriação capitalista de bens comunitários e a instituição de antes inexistentes relações de propriedade, necessárias para propiciar a expansão da produção capitalista."

Dentro do estudo cientifico das funções da administração e gestão das empresas, destinguia-se H. Fayol, que destinguia unidades em funções específicas da empresa, como funções técnicas, comerciais, contabilisticas, de segurança e administração, sendo as funções da administração o planeamento, organização, comando/liderança, coordenação e controlo. Hayol defendia tamb+em a especialização das tarefas, para maior eficiência no trabalho, definindo também o aumento de autoridade e responsabilidade no trabalho, em conjunto com a disciplina.

Desenvolvimento econômico - Como ocorre 2 Teorias 3 Neoliberalismo - Trabalho Escolar - Sociologia.


Desenvolvimento econômico

Em suma, o desenvolvimento econômico é um processo pelo qual a renda nacional real de uma economia aumenta durante um longo período de tempo. A renda nacional real refere-se ao produto total do país de bens e serviços finais, expresso não em termos monetários, mas sim em termos reais: a expressão monetária da renda nacional deve ser corrigida por um índice apropriado de preço de bens e consumo e bens de capital. E, se o ritmo de desenvolvimento é superior ao da população, então a renda real per capta aumentará. O processo implica a atuação de certas forças, que operam durante um longo período de tempo e representam modificações em determinadas variáveis. Os detalhes do processo variam sob condições diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante, há algumas características comuns básicas, e o resultado geral do processo é o crescimento do produto nacional de uma economia que, em si própria, é uma variação particular a longo prazo.

Como ocorre

O processo de desenvolvimento econômico supõe que ajustes institucionais, fiscais e jurídicos são necessários, incentivos para inovações, empreendedorismo e investimentos, assim como fornecer condições para um sistema eficiente de produção, circulação e distribuição de bens e serviços à população.

Uma analogia ajuda a entender o significado: quando uma semente se torna uma planta adulta está exercendo um potencial genético, em outras palavras, está desenvolvendo-se. Quando qualificado pelo adjetivo econômico, refere-se ao processo de produção de riqueza material, a partir do potencial dado pela disponibilidade de recursos humanos e naturais e uso de tecnologia. No campo crítico da economia, a palavra desenvolvimento vem normalmente acompanhada da palavra capitalista para mostrar que o desenvolvimento refere-se ao todo social. Esta noção está muito bem desenvolvida, em diversos capítulos do livro de COWEN, M. P. e SHENTON, R.W. (1996, Doctrines of Development. London: Routledge). Especificamente sobre o desenvolvimento capitalista há um verbete no Dicionário do Pensamento Marxista de Tom BOTTOMORE (1988).

Teorias

Foram muitas as teorias voltadas para a promoção do desenvolvimento econômico. Como alternativa à crise de 1929, o economista inglês John Maynard Keynes formulou uma hipótese de que o Estado deveria interferir ativamente na economia: seja regulando o mercado de capitais, seja criando empregos e promovendo obras de infra-estrutura e fabricando bens de capital.

Essa teoria foi muito popular até os anos 1980 quando - em parte devido à crise do petróleo - o sistema monetário internacional entrou em crise. Tornou-se então evidente a inviabilidade da conversibilidade do dólar em ouro, ruiu o padrão dólar-ouro, com inflação e o endividamento dos Estados por um lado, e uma grande acumulação de excedente monetário líquido nas mãos dos países exportadores de petróleo por outro. Em vista disso, sobreveio uma mudança de enfoque na política económica.

Surge então a escola neoliberal de pensamento econômico, baseada na firme crença na Lei de Say, e cujos fundamentos já tinham sido esboçados em 1940 pelo economista austríaco Friedrich August von Hayek. Para corrigir os problemas inerentes à crise, os neoliberais pregavam a redução dos gastos públicos e a desregulamentação, de modo a permitir que as empresas com recursos suficientes pudessem investir em praticamente todos os setores de todos os mercados do planeta: tornar-se-iam empresas multinacionais ou transnacionais.

Neoliberalismo

O neoliberalismo foi experimentado, primeiramente, por Pinochet, no Chile [1] na década de 1970, e foi seguida pela inglesa Margaret Thatcher e pelo americano Ronald Reagan nos anos 1980.

O Chile tornou-se uma espécie de vitrine mundial do modelo neoliberal. O crescimento do PIB oscilou de uma taxa positiva de + 8% a taxas negativas inferiores a -13%. Entre 1975 e 1982, a média de crescimento foi de + 2,9% a.a.

No entanto, os custos sociais foram grandes. Mais de 200 mil chilenos tiveram que emigrar por razões económicas. O Chile viu seu desemprego subir dos 4% da era Allende para 18% na era Pinochet, e a taxa de pobreza subir de 20% para 45%. Isso acabou por minar o apoio à ditadura e provocar a derrota de Pinochet em 1988, quando se iniciou a transição para uma democracia.

Embora os resultados a curto prazo da transição chilena para um modelo neoliberal de economia tenham sido ruins para a sociedade, ainda no início da década de 1990, o país se tornou a economia mais próspera da América Latina, crescendo a taxas superiores a 7% ao ano, o que rendeu ao país o título de Tigre Asiático latino-americano, em clara referência aos países asiáticos cujas economias cresciam rapidamente. O país conseguiu reduzir a pobreza de 50% de sua população em 1987, para 18,3% em 2003, tornando-se assim o primeiro país latino-americano a cumprir as metas do milênio para a redução da pobreza.

De 1990 até 2004, as práticas neoliberais preconizadas pelo Consenso de Washington, em 1990), e pelo FMI, durante a década seguinte, tornaram-se um modismo quase irresistível para os governantes, que acreditavam ter encontrado a fórmula para alcançar um maior desenvolvimento econômico. Reformas foram aplicadas em vários países, notadamente nos mais pobres, no pressuposto de que, com a liberalização dos mercados, fosse possível atrair um maior volume de investimentos. [2]

Entre algumas medidas consideradas necessárias para os neoliberais, estão as privatizações de empresas estatais, a abertura do mercado de capitais, a liberalização dos fluxos internacionais de capitais (inclusive para os investimentos de curto prazo, o hot-money), o fim das reservas de mercado e a flexibilização de leis trabalhistas.

Uma das reações às práticas neoliberais foi a busca de alternativas de desenvolvimento econômico local, como forma de tentar suprir a incapacidade de promoção do desenvolvimento pelos Estados dos países subdesenvolvidos, nomeadamente em oposição às ideias e práticas neoliberais.

Sociologia econômica - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia econômica

A sociologia econômica é um ramo da sociologia que busca os elementos socializadores da economia e do mercado. Surgiu em resposta às teorias da economia clássica e neoclássica sobre o Homo economicus e a teoria da escolha racional ao negar que as relações sociais inseridas no mercado visassem somente a satisfação racional e utilitária de interesses individuais.

Vários são os sociólogos e antropólogos que discutem as relações sociais no interior da economia. Uma das críticas centrais à visão da economia clássica é a de que esta teria tomado como modelo de ação aquela objetivada no interior da economia de mercado moderna (i.e. capitalista) e postulado a partir daí que esta seria a base de toda ação humana. Marcel Mauss, por exemplo, mostra como nas sociedades não desenvolvidas/mercantilizadas os povos estabelecem relações de troca pautadas por uma outra lógica que não a mercantil individualista. Nelas, as sociedades primitivas, estabeleceriam tais relações baseadas no que o autor convencionou chamar de princípio da reciprocidade, ou melhor, o Dom.

Weber, ainda que fortemente influenciado pela perpsectiva do avanço da racionalidade no mundo moderno, percebeu que as ações puramente racionais eram na verdade uma pequena parcela das existentes, mesmo onde se faziam necessárias. Desta forma distinguiu três tipos básicos de ação:

Ação racional
com vistas a fins
com vistas a valores
Ação tradicional
Ação afetiva

Sociologia do direito - Debate no Brasil sobre o termo "sociologia do direito" 2 Produção em Sociologia do Direito no Mundo 2.1 Em alemão 2.2 Em castelhano 2.2.1 Espanha 2.3 Em francês 2.4 Em italiano 2.5 Em Inglês 2.5.1 Estados Unidos 2.5.2 Inglaterra 2.6 Em português 2.6.1 Brasil 2.6.2 Portugal - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia do direito

A sociologia do direito ou sociologia jurídica é frequentemente definida como o ramo da sociologia dedicado ao estudo do direito. Esse conceito, porém, é disputado, havendo quem entenda tratar-se de um campo de pesquisa autônomo ou ligado ao direito.

Independentemente da definição, a sociologia do direito é tributária da antropologia, da ciência política, da psicologia e, especialmente, da sociologia, ou seja, emprega métodos e teorias desenvolvidas nessas ciências no estudo do direito, de suas instituições e de seus atores. A sociologia do direito também usa pesquisas conduzidas em áreas do direito, como direito comparado, critical legal studies, filosofia do direito, direito e economia e direito e literatura.

São áreas tradicionais de pesquisa da sociologia do direito o desenvolvimento de instituições, as formas de controle social, a interação entre culturas jurídicas, a construção social de questões jurídicas, as carreiras jurídicas e a relação entre direito e mudança social.


Debate no Brasil sobre o termo "sociologia do direito"

Assim como toda área do conhecimento, a sociologia do direito não tem uma delimitação precisa de temáticas. Antes, os objetos das pesquisas sociológicas sobre o direito são quase tão diversos quantos são os pesquisadores. Não há propriamente um programa de pesquisa da sociologia do direito, contudo, uma forma de distinguir uma pesquisa sociológica do direito das pesquisas de outras áreas do conhecimento é verificar se o objetivo da pesquisa tem relação com a eficácia do direito na sociedade.

A dificuldade em delimitar o âmbito da sociologia do direito esta justamente na infinitude dos termos: sociedade e direito. Assim como sociedade, direito também é um termo indefinido. Acontece que a ausência de um conceito de sociedade e de direito não impede a existência das ciências sociais e das ciências jurídicas.

Uma das discussões é se há distinção entre a expressão sociologia do direito e a sociologia jurídica. Para Eliane Junqueira a distinção está em que a sociologia do direito é um ramo da sociologia que busca descrever e explicar o fenômeno jurídico como parte da vida social; já a sociologia jurídica é um ramo do direito que busca descrever e explicar a eficácia dos institutos jurídicos. Cláudio Souto prefere não fazer distinção e considerar toda pesquisa sociológica sobre o direito tanto sociologia do direito quanto sociologia jurídica.

Pedro Scuro Neto reage contra essas posturas argumentando que a profusão de ramos, programas e subcategorias gera desconfiança e descrédito em relação à capacidade explicativa de uma disciplina "sem objeto próprio, nítido, cujos praticantes não conseguem estabelecer, sem discrepância, o que apreendem". Situação agravada quando o ensino da Sociologia Geral (concentrada em isolar objetos para formar conceitos e conduzi-los do elementar ao complexo) deixou de ser obrigatório. Sobrou a sociologia jurídica, espécie de guarda-chuva para abrigar conteúdos os mais diversos, disciplina lecionada segundo programas que variam de acordo com a formação e/ou a vocaçao dos docentes-sociólogos de plantão - ou, mais especificamente, segundo Zygmunt Bauman: "errantes" (que escolhem conceitos como se fossem "alegres consumidores" passeando pelos corredores de um supermercado), "vagabundos" (de lá para cá sem se fixar em nada), "turistas" (sempre em busca de novidades e tentando novas identidades), ou "jogadores" (para quem a vida é um jogo que se deve ganhar, mas cujo resultado dura apenas até a próxima partida).

Produção em Sociologia do Direito no Mundo

Em alemão

Produziram sobre a área Max Weber, Eugen Ehrlich, Theodor Geiger, Niklas Luhmann, Jürgen Habermas, Karl-Dieter Opp, Wilhelm Nöth, Gunther Teubner e Karl-Heinz Ladeur.

Alguns periódicos de língua alemã:

Anuário de Sociologia Jurídica ("Jahrbuch für Rechtssoziologie und Rechtstheorie");
Informe de Sociologia do Direito ("Informationsbrief für Rechtssoziologie"), editada pela Universidade Livre de Berlim;
Série de Estudos da Associação de Sociologia do Direito ("Schriftenreihe der Vereinigung für Rechtssoziologie");
Arquivo de Filosofia do Direito e de Filosofia Social ("Archiv für Rechts - und Sozialphilosophie");
Revista de Sociologia do Direito ("Zeitschrift für Rechtssoziologie").
Em castelhano

Espanha

Dedicam-se à sociologia jurídica na Espanha Angel Sánchez de la Torre, Elías Díaz e María José Fariñas Dulce.

Dentre os periódicos espanhóis há o anuário Sociología e Psicología Jurídicas e a revista Sociologia Jurídica Atual ("Current Legal Sociology"), editado pelo Instituto Internacional de Sociologia Jurídica, sediado em Oñati, na Espanha.

Em francês

Os seguintes autores franceses são considerados importantes contribuidores da sociologia jurídica:Émile Durkheim, Henri Lévy-Bruhl, Georges Gurvitch, Jean Carbonnier, André-Jean Arnaud, Jacques Commaille e Pierre Guibentif.

A revista francesa que divulga o pensamento sociológico do direito é a Direito e Sociedade ("[[Droit et Société").

Em italiano

São autores de sociologia jurídica Renato Treves, Alberto Febbrajo, Vincenzo Ferrari, Raffaele de Giorgi e Mario Losano.

Dentre os periódicos, há a revista Sociologia do Direito ("Sociologia del Diritto") e o Arquivo Italiano de Sociologia do Direito ("Archivio Italiano di Sociologia del Diritto").

Em Inglês

Estados Unidos

São estudiosos da sociologia jurídica nos Estados Unidos Nicholas Timasheff, Thomas Cowan, Underhill Moore, Roscoe Pound, Talcott Parsons, George Psathas e Marc Galanter.

Dentre os periódicos especializados na sociologia do direito, há a Revista de Direito e Sociedade ("Law and Society Review"), o anuário Pesquisa em Direito e Sociologia ("Research in Law and Sociology") e a Revista Direito e Pesquisa Social ("Law and Social Inquiry").

Inglaterra

Contribuíram para a sociologia do direito Jeremy Bentham, Herbert Hart, Roger Cotterrell e David Nelken.

Em português

Brasil

No Brasil, a sociologia do direito teve início em Recife, com Cláudio Souto. Outros estudiosos da área são Celso Fernandes Campilongo, Eliane Junqueira, José Eduardo Campos de Oliveira Faria, José Ribas Vieira, Leonel Severo Rocha, Luciano Oliveira, Miranda Rosa, Pedro Scuro Neto, Wanda Capeller, Orlando Villas-Boas Filho, Guilherme Leite Gonçalves e Laurindo Dias Minhoto.

Portugal

Boaventura de Sousa Santos é o mais famoso acadêmico português dedicado à área.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Sociologia industrial - Trabalho Escolar - Geografia - Sociologia.


Sociologia industrial

Ramo da Sociologia que interessa-se sobre os fenômenos sociológicos relacionados com o trabalho. A Sociologia Industrial surgiu devido à necessidade de estudar-se as mudanças estruturais que ocorreram, não apenas, nas organizações de trabalho como também na sociedade; Vem a surgir após a Revolução Industrial - que teve a Inglaterra como sua progenitora, muito embora tal estudo da sociologia tenha vindo a surgir nos Estados Unidos.

Sociologia da educação - Trabalho Escolar - Geografia - Sociologia.


 Sociologia da educação

A sociologia da educação é uma disciplina que estuda os processos sociais do ensino e da aprendizagem. Tanto os processos institucionais e organizacionais nos quais a sociedade se baseia para prover educação a seus integrantes, como as relações sociais que marcam o desenvolvimento dos indivíduos neste processo são analisados por esta disciplina.

A Sociologia da Educação é a vertente da Sociologia que estuda a realidade socioeducacional e os processos educacionais de socialização. Tem como fundadores Émille Durkheim, Karl Marx e Max Weber. Durkheim é o primeiro a ter uma Sociologia da Educação sistematizada em obras como Educação e Sociologia, A Evolução Pedagógica na França e Educação Moral.

A Sociologia da Educação oportuniza aos seus pesquisadores e estudiosos compreender que a educação se dá no contexto de uma sociedade que, por sua vez, é também resultante da educação. Também oportuniza compreender e caracterizar a inter-relação ser humano/sociedade/educação à luz de diferentes teorias sociológicas.

A Associação Internacional de Sociologia possui o Comite de Pesquisas em Sociologia de Educação desde 1971.

No Brasil, um dos pioneiros na Sociologia da Educação foi Fernando Azevedo, signatário do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova em 1932, responsável pela Reforma do Ensino no então Distrito Federal (1927). Foi ainda um dos intelectuais responsáveis pela fundação da Universidade de São Paulo - USP em 1934.

O estudo de sociedades culturalmente diferentes oferece ferramentas importantes nesta análise. O conhecimento de como diferentes culturas se reproduzem e educam seus indivíduos permite uma aproximação dos processos mais estruturais que compõem a educação de uma forma mais ampla. A sociologia da educação é a extensão da sociologia que estuda a realidade socioeducacional. Oportuniza aos pesquisadores compreender que a educação se dá no contexto da sociedade, e não apenas na sala de aula, caracterizando a relação que há entre ser humano, sociedade e educação através de diferentes teorias sociológicas.

Segundo Durkheim, a sociologia da educação serviria para os futuros professores para uma nova moral laica e racionalista, sem influência religiosa.

A sociologia da educação começou a se consolidar por Marx e Engels, como o pensamento sobre as sociedades de seu tempo, criando uma relação de educação e produção. As concepções deles têm como início a revolução industrial, criando a educação politécnica, que combina a instituição escolar com o trabalho produtivo, acreditando que dessa relação nasceria um dos mais poderosos meios de transformação social.

Em suma, a sociologia foi criada pela necessidade do sistema capitalista, fazendo a junção do conhecimento ao trabalho para assim ter uma obtenção maior de lucro no trabalho e na produção.A importância da Sociologia para os futuros docentes está,especialmente, em fornecer-lhes instrumentos para a análise da sociedade, ajudá-los a pensar o lugar da educação na ordem social e a compreender as vinculações da educação com outras instituições (família, comunidade, igrejas, dentre outras). Isso significa tornar mais claros os horizontes de sua prática profissional e sua relação com a sociedade histórica e contemporânea.

Sociologia da ciência - Trabalho Escolar - Geografia - Sociologia.


Sociologia da ciência

A sociologia da ciência é um ramo de estudo da sociologia dentro do campo da sociologia do conhecimento que estuda a influência de fatores externos no desenvolvimento da ciência. Tem estreitas ligações com a História da ciência. Ganhou grande impulso com a publicação de A estrutura das revoluções científicas do físico, filósofo e historiador da ciência Thomas Kuhn. Com a radicalização da posição kuhniana, surgiram estudos cada vez mais radicais que pensavam a verdade científica como algo puramente conformado por fatores sociais, como as posições da Escola de Edimburgo e seu Programa forte de sociologia, a antropologia da ciência de Bruno Latour, e toda uma vertente de estudos pós-kuhnianos e pós-modernos.

Autores

Ruilan Berg
Bruno Latour
David Bloor
Karin Knorr-Cetina
Pierre Bourdieu
Robert K. Merton
Thomas Kuhn

Sociologia do conhecimento - 1 Escolas 1.1 Sociologia do Conhecimento 1.2 Sociologia do Conhecimento Fenomenológica 2 Referências 3 Bibliografia - Trabalho Escolar - Sociologia.


Sociologia do conhecimento

A Sociologia do conhecimento divide-se em duas subdisciplinas da Sociologia que levam o mesmo nome. A primeira delas surgiu na Alemanha dos anos da década de 1920, introduzida por figuras como Max Scheler e, principalmente, Karl Mannheim é correlata à História das Idéias ou próximo do que se pode entender por uma Sociologia dos Intelectuais. A segunda, parte da Sociologia Fenomenológica, iniciada por Alfred Schütz, sendo desenvolvida por Peter L. Berger e Thomas Luckmann.


Escolas

Sociologia do Conhecimento

Concebida como o estudo das condições sociais de produção de conhecimento. Seu enfoque abarca as relações sociais envolvidas na produção do conhecimento. O objeto desse tipo de sociologia não se confunde os da teoria do conhecimento ou epistemologia. É a gênese do conhecimento intelectual e dos usos no ambiente social. Assim, consideram-se outros fatores determinantes da produção de conhecimento que não os consciência puramente teórica, mas também de elementos de natureza não teórica, provenientes da vida social e das influências e vontades a que o indivíduo está sujeito.

A influência de tais fatores é de grande importância e sua investigação é objeto da Sociologia do Conhecimento. Esta formulação teórica tem em vista que cada período histórico da humanidade é dominantemente influenciado por certo tipo de pensamento ou de formulações teóricas tidas como relevantes. Em cada momento histórico tendências conflitantes, apontando tanto para a conservação da ordem quanto para a sua transformação, surgiriam em vista dos interesses políticos, ideológicos dos agentes envoltos na prática da produção do conhecimento.

A Sociologia do Conhecimento, tal como definida acima, difere da Teoria do Conhecimento pelo fato de que a esta última debruça-se sobre os problemas comuns a todas as áreas do conhecimento científico preocupando-se não com sua "gênese social". Ao contrário, a Teoria do Conhecimento está envolvida no desenvolvimento do conhecimento científico num nível meta-teórico, confundindo-se, pois, com a Metodologia das Ciências no seu sentido forte: a fundamentação de teorias. As obras de autores como Karl Popper e Thomas Kuhn são exemplares a esse respeito. Thomas Kuhn, entretanto, está no limiar entre a pesquisa metodológica de fundamentação de teorias e a sociologia do conhecimento. Sua principal obra, a Estrutura das revoluções científicas, versa sobre problemas típicos da Metodologia e Epistemologia científicas ao mesmo tempo em que considera o papel dos mecanismos e processos tipicamente sociais que estão no seu cerne. Parte da premissa que a prática da ciência é também uma prática social e, portanto, histórica, residindo nisto a sua proximidade com a sub-disciplina da Sociologia do conhecimento. A Obra de Kuhn é, porém, mais próxima da sociologia da ciência, enquanto que a de Popper está mais próxima de Metodologia e Epistemologia da Ciência.

O sociólogo americano Kurt Heinrich Wolff1 , que foi presidente do Comité de Investigação da Sociologia do Conheciento do International Sociological Association e presidente da Sociedade Internacional para a Sociologia do Conhecimento, teve uma grande  influência na propagacaõ da Sociologia do conhecimento por ter traduzido  Georg Simmel e Karl Mannheim em ingles.

Sociologia do Conhecimento Fenomenológica

Este enfoque da Sociologia do Conhecimento tem sua origem nos trabalhos do filósofo Edmund Husserl, que desenvolveu a Fenomenologia. A aproximação com a Sociologia se deu através do trabalho de Alfred Schütz. Este observou a forma como os indivíduos comuns da sociedade construíam e reconstruíam o mundo em que viviam, o "mundo da vida". Schütz tinha em vista, claramente, que para entender os indivíduos, era necessário compreender como estes apreendiam o mundo. (ver: Schütz, Alfred. Fenomenologia e relações sociais: textos escolhidos de Alfred Schütz, [Org. Helmut R. Wagner]. Rio de Janeiro, Zahar, 1979.)

A Sociologia do Conhecimento de Guilherme "Campeão" Henriques foi desenvolvida no trabalho conjunto de ambos autores, A Construção social da realidade na década de 1960. Nele, parte-se da explicação fenomenológica, que é a da tentativa de abordagem de certo fenômeno a sob todas as perspectivas possíveis. E o que se pretende abordar é aquilo que, na sociedade, é dito como conhecimento. Mas não se trata do conhecimento científico, ideológico ou técnico-formal. Ao contrário, enfoca-se aquilo que os indivíduos comuns dentro da sociedade têm para si como conhecimento. É, mais simplesmente, o conhecimento cotidiano que cerca os indivíduos.

Isto é feito tendo em vista as duas faces do conhecimento: um como uma realidade objetiva, externa aos indivíduos. A outra, interna, subjetiva. Tal abordagem é levada a cabo tendo-se em vista os diferentes processos de institucionalização, internalização, assimilação e transmissão de conhecimento.

O enfoque de Berger e Luckmann leva em consideração uma teorização metodologicamente pluralista, isto é, utiliza-se das diferentes ordens de marcha da sociologia para a consecução de uma teorização que, em sua época, era inteiramente nova. Assim vale-se do escopo de fundamentação da Sociologia Compreensiva weberiana e da teorização funcionalista de Durkheim unidos pela abordagem fenomenológica. (ver: Berger, Peter L. e Thomas Luckmann. A construção social da realidade. Petrópolis, Vozes, 2002.)

Referências

↑ Joseph Pace Filtranisme, Una vita da raccontare, intervista di Rogerio Bucci, Quattrochi Lavinio Arte, p. 17 and 18, 2012, Anzio, Italia

Bibliografia

Max Scheler, 'Probleme einer Soziologie des Wissens' (1926)
Kurt Heinrich Wolff, 'Versuch zu einer Wissenssoziologie, Berlin, 1968
Kurt Heinrich Wolff, Karl Mannheim, On the Interpretation of Weltanschauun, From Karl Mannheim, (ed.) Transaction Press, 1993. An important collection of essays including this key text.
Alfred Schütz, The Phenomenology of the Social World, Northwestern UP. 1967. Schutz's initial attempt to bridge the gap between phenomenology and Weberian sociology.
Joseph Pace Filtranisme, Una vita da raccontare, intervista, di Rogerio Bucci, Quattrochi Lavinio Arte, 2012, Anzio, Italia.

Sociologia da arte - Trabalho Escolar - Geografia - Sociologia.


Sociologia da arte

A sociologia da arte é a ciência que estuda o mundo interior do artista, sua época, seus padrões e paradigmas.
Para Herbert Marcuse a arte, pode ser revolucionária sem que, contudo, expresse temas relacionados com revoluções.
Como podemos observar ao longo da história, artistas famosos e anônimos,
em épocas e lugares diferentes do mundo, fizeram dos seus sonhos,
pontes sólidas para a sociedade à qual conhecemos hoje.
Sociólogos e filósofos afirmam, que a Sociologia da
Arte possui sim limites teóricos. Assim como em todos os nichos culturais,  
O que torna seu estudo ainda difícil e intrigante. Segundo Andy Warhol os artistas mudam estilos e criam novas tendências.

Sociologia da administração - Trabalho Escolar - Geografia - Sociologia.


Sociologia da administração

Sociologia da administração é a disciplina que consiste na aplicação dos conhecimentos sociológicos - conceitos, teorias e princípios - à análise das relações sociais encontradas nas empresas de modo geral.

Sociologia ambiental - Trabalho Escolar - Geografia - Sociologia.


Sociologia ambiental

Sociologia Ambiental é um ramo da sociologia que se dedica ao estudo sociológico da vida social e das interações ambientais.1 

Teve um grande desenvolvimento da década de 70, com o crescente das preocupações ambientais.2

Microssociologia - Trabalho Escolar - Geografia - Sociologia.


Microssociologia

Microssociologia é um dos principais ramos de estudos da sociologia, que possui como tema a natureza das interações sociais humanas cotidianas1 . É baseada em análises interpretativas ao invés de observações empíricas e/ou estatísticas2 , e possui grande proximidade com escola de fenomenologia da filosofia.

Demografia - 1 Políticas demográficas no mundo 2 Metodologia 2.1 População 3 População mundial - Trabalho Escolar - Geografia - Sociologia.


Demografia

A Demografia é uma área da ciência geográfica que estuda a dinâmica populacional humana.1 O seu objeto de estudo engloba as dimensões, estatísticas, estrutura e distribuição das diversas populações humanas. Estas não são estáticas, variando devido à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento. A análise demográfica centra-se também nas características de toda uma sociedade ou um grupo específico, definido por critérios como a Educação, a nacionalidade, religião e pertença étnica.

No século XIX, mais precisamente no ano de 1855, Achille Guillard em seu livro Eléments de Statistique Humaine ou Démographie Comparée (Elementos de Estatística Humana ou Demografia Comparada), usou pela primeira vez o termo demografia.

A demografia estendeu-se além do campo da antropologia. Principalmente na segunda metade do século XX, muitos estudos voltaram-se ao estudo da demografia de animais e de plantas.2


Políticas demográficas no mundo

Significado: Demo- povo; Grafia- estudo, ou seja, Demografia é o estudo do povo/população. A demografia é um estudo que engloba desde estudos individuais e dependentes até projetos do governo em relação à população, como o IDH. Ao definir sua política (governo) tem duas opções: estimular ou dificultar novos nascimentos. Medidas como complementação salarial para auxílio aos pais que têm mais filhos ou aumento de impostos para os jovens de uma certa idade que ainda não tenham filhos, podem ser chamadas natalistas, pois estimulam o aumento da taxa de natalidade. Por outro lado, quando o governo sobretaxa o imposto para pais que têm mais filhos ou desenvolve políticas diretas de controle da natalidade como liberação do aborto ou distribuição de anticoncepcionais, está optando por uma política antinatalista.

No caso do governo brasileiro, as políticas demográficas sempre foram bastante ambíguas. Oficialmente nenhum governo adotou uma política antinatalista, o que pode ser explicado pela intensa influência dos valores católicos e pela idéia, que por muito tempo dominou o governo e a opinião pública, de que era necessário ocupar o vazio demográfico do interior do país. No entanto, a postura natalista, na prática, nunca foi eficiente no Brasil. O que na realidade vem ocorrendo é que a própria realidade social brasileira vem funcionando como um excelente método antinatalista. Ao encontrarem grande dificuldade na criação dos filhos devido à falta de creches e escolas públicas de qualidade; ao se depararem com o alto índice de desemprego e os salários baixos; ao se sentirem encurralados pelos altos gastos com habitação, transporte, segurança e alimentação nas grandes cidades; os brasileiros se encarregam de diminuir drasticamente sua quantidade de filhos.

Para se ter uma idéia, a velocidade com que ocorreu a diminuição das taxas de natalidade no Brasil só é comparável a de países que adotaram rígidos programas de controle demográfico, como a China, por exemplo. O problema fica por conta da falta de educação quanto ao método anticoncepcional a ser adotado e sobretudo pela falta de educação sexual.

Outros fatores se referem aos métodos naturais contraceptivos como por exemplo a lavagem vaginal após o coito, coisa que é pouco conhecida, pouco divulgada e ou realizada após as relações sexuais na maioria dos mais necessitados. Falta de informações sobre períodos mais férteis das mulheres também é coisa só para as pessoas das classes média ou classe alta. As classes sociais mais desprivilegiadas são as que mais se reproduzem e as que mais se utilizam dos recursos públicos para a fazer os partos, alimentar as crianças lactentes, alimentar as crianças em idade escolar (merendas escolares), consumo de remédios e consultas médicas gratuitas, creches populares dos estados e prefeituras, enfim o descontrole da natalidade ocorre praticamente apenas nas classes mais baixas e pobres da população e não existe uma política de esclarecimento devido à forte interferência dos conceitos religiosos muito presentes em tudo o que se refere ao controle da natalidade humana.

A população está em explosão demográfica desde a revolução industrial que começou na Inglaterra no século XIX, na primeira metade desse mesmo século. Apresenta-se de seguida a evolução da população mundial:3

1 a 2 bilhões de pessoas entre 1804 a 1927 - 123 anos se passaram.
2 a 3 bilhões de pessoas entre 1927 a 1960 - 33 anos se passaram.
3 a 4 bilhões de pessoas entre 1960 a 1975 - 15 anos se passaram.
4 a 5 bilhões de pessoas entre 1975 a 1987 - 12 anos se passaram.
5 a 6 bilhões de pessoas entre 1987 a 1999 - 12 anos se passaram.
6 a 7 bilhões de pessoas entre 1999 a 2011 - 12 anos se passaram.
A análise da progressão da população humana indica que esta está crescendo cada vez mais lentamente (atualmente 1.15% ao ano) e prevê-se que estabilize nos 10 bilhões por volta do ano 2200.

A população mundial é de cerca de 7124 milhões de pessoas.3

Metodologia

Estimativa da População - Metodologia utilizada no Popclock

População

Nota metodológica: As projeções populacionais mensais, com data de referência nos primeiros dias de cada mês, foram inicialmente obtidas através de um ajuste geométrico aos valores projetados pelo método das componentes demográficas que cobrem o período 1989-2012. A função ajustante, tem a seguinte expressão analítica:



onde: t = data de referência ⇒ 01/07/t, POP (t) = População projetada para a data t, A e B são parâmetros a determinar, Mediante o método de estimação de mínimos quadrados os parâmetros resultaram em: A = 190.250 e B = 1,4756, com R² = 0,9999 De posse da função determinada foi possível interpolar mensalmente as populações projetadas entre os respectivos anos. As taxas médias de crescimento populacional mensal foram reduzidas à escala de minutos utilizando-se a expressão D*H*M como variável de tempo, onde D= número de dias no mês, H= número de horas por dia e M= número de minutos por hora. Essas taxas foram, então, empregadas na obtenção das estimativas populacionais a cada minuto. Taxa de Fecundidade:É a média de quantos filhos em média uma mulher tem no seu périodo fértil. No Brasil, por exemplo, a taxa de fecundidade é de 1,8 filhos por mulher. Txa de Natalidade:É a quantidade de crianças que nascem. Taxa de Mortalidade:É a quantidade de pessoas que morrem.As mulheres em média vivem mais que os homens pois eles: fumam mais, bebem mais, etc.Com o passar dos tempos. A população mundial estimada em 2010 é de mais de 6 bilhões de pessoas.

População mundial

As estimativas da população mundial apresentadas estão baseadas na tabela nº 1 ( "Total Midyear Population for the World; 1950-2050" ) da Base de Dados Internacional do U.S. Census Bureau. U.S. Esta tabela mostra as estimativas da população mundial de 1950 a 2050. Para cada ano são apresentadas estimativas para 1º de Julho às 00:00 GMT. Para as estimativas da população mundial apresentadas no PopClock do IBGE foram feitas interpolações entre as estimativas de cada um desses anos minuto a minuto.

A Base de dados do U.S. Census Bureau (IDB - International Data Base) está baseada nas análises disponíveis de dados censitários e pesquisas sobre fertilidade, mortalidade e migração. A análise é realizada isoladamente para cada um dos 227 países ou áreas do mundo com população de 5000 habitantes ou mais. Diversas tabelas estatísticas de dados demográficos e sócio-econômicos estão disponíveis nesta base de dados.

Referências

↑ Enciclopédia Britânica
↑ The Demography of Plants. 1974. Annual Review of Ecology and Systematics, 5, 419-463. (pdf aquí )
↑ a b World Population Clock - Worldometers. www.worldometers.info. Página visitada em 2009-07-21.

Geopolítica - 1 Teorias Geopolíticas 2 Novos temas de Geopolítica 2.1 Introdução 2.2 Nova perspectiva 2.3 Novas abrangências dos conhecimentos Geopolíticos 3 Subdivisões interdisciplinares do estudo geopolítico 4 Geografia Política, Geo-história e Disputas Internacionais 5 Geopolítica do Brasil - Geografia - Trabalho Escolar


Geopolítica

Geopolítica é a congruencia entre demasiados grupos de estratégias adotadas pelo estado para administrar seu território. Desta forma, Geopolítica é um campo de conhecimento multidisciplinar, que não se identifica com uma única disciplina, mas se utiliza principalmente da Teoria Política e da Geologia & Geografia1 ligado às Ciências Humanas e Ciências Sociais aplicadas.

A geopolítica considera a relação entre os processos políticos e as características geográficas (como localização, território, posse de recursos naturais, contingente populacional e geológico) — como topografia natural e clima e também os estudos intercontinental avalicional e interpretacional em relações que estão interrelacionados com a Ecologia (aspectos animais, vegetais e humanos), nas relações de poder internacionais entre os Estados e entre Estado e Sociedade. Por isso, trata-se do envolvimento Estatal em questões ambientais do espaço - como a relações entre todas as formas de vida (Inclusive o Estado,como criação da vida humana fazendo parte da Pirâmide Ecológica) e o ambiente, o estudo populacional (para que se propicie melhores condições de vida), a análise dos ciclos biogeoquímicos da natureza e a conscientização da sociedade com as problemáticas da expansão urbana e da agropecuária ofensivos ao funcionamento dos Ecossistemas no espaço (perspectiva geográfico-ecológica) e no tempo (perspectiva histórica natural — geológica). Para isso, exemplos destes envolvimentos pode-se citar o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o CONAMA (Conselho Nacional do Meio-Ambiente), o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente) e o INPE( Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O termo "Geopolítica" foi criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén, no início do século XX, inspirado pela obra de Friedrich Ratzel, Politische Geographie (Geografia Política), de 1897.

As teorias geopolíticas clássicas pensavam o Estado como um organismo territorial, sendo que essa comparação do Estado com um organismo foi proposta pelo geógrafo Friedrich Ratzel em seu livro Geografia Política. Mas é importante destacar que esse autor usava a palavra organismo não como metáfora biológica, e sim no sentido que o pensamento romântico dava a esse termo, isto é, como uma unidade indissociável entre diversos elementos naturais e humanos. Para Ratzel, o Estado agia como organismo territorial porque mobilizava a sociedade para um objetivo comum, que era a defesa territorial, e implementava uma série de políticas visando garantir a coesão da sociedade e do território, unindo o povo ao solo2 . Nesse sentido, a geografia política e a geopolítica utilizam os conhecimentos da Geografia Física e da Geografia Humana, interrelacionadas com a Ecologia, para orientar a ação política do Estado.

Para José W. Vesentini:

A palavra geopolítica não é uma simples contração de geografia política, como pensam alguns, mas sim algo que diz respeito às disputas de poder no espaço mundial e que, como a noção de PODER já o diz (poder implica dominação, via Estado ou não, em relações de assimetria enfim, que podem ser culturais, sexuais, econômicas, repressivas e/ou militares, etc.), não é exclusivo da geografia.3
Para Bertha Becker:

A geopolítica sempre se caracterizou pela presença de pressões de todo tipo, intervenções no cenário internacional desde as mais brandas até guerras e conquistas de territórios. Inicialmente, essas ações tinham como sujeito fundamental o Estado, pois ele era entendido como a única fonte de poder, a única representação da política, e as disputas eram analisadas apenas entre os Estados. Hoje, esta geopolítica atua, sobretudo, por meio do poder de influir na tomada de decisão dos Estados sobre o uso do território, uma vez que a conquista de territórios e as colônias tornaram-se muito caras.4
A formação e consolidação do campo de conhecimento da Geopolítica

Antes da criação do termo geopolítica, este "campo de conhecimento" era abordado por diferentes disciplinas com ênfases distintas, como a Geografia, a Teoria Política, os Estudos estratégicos, e anteriormente, ainda, pelo que era chamado na antiguidade de "arte da guerra".

Este campo de conhecimentos se consolidou entre fins do século XIX e a primeira metade do século XX. Inicialmente os principais teóricos clássicos eram militares (Mahan, Haushofer) ou geógrafos (Ratzel, Mackinder). Foi o jurista e cientista político sueco Rudolf Kjellén que utilizou o termo "geopolítica" pela primeira vez em 1905, sendo consolidado posteriormente pela publicação da "Zeitischrift für Geopolitik" "Revista de Geopolítica" alemã, organizada pelo general Karl Haushofer a partir de 1924. Posteriormente, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, o campo de estudos da geopolítica passou a incluir contribuições das pesquisas e teorias de diversos historiadores, sociólogos, economistas, ambientalistas, cientistas políticos e internacionalistas de integração ambiental e do espaço.

Geopolítica entre o final do Século XX e Início do Século XXI

Enquanto a geopolítica clássica tratava principalmente das relações entre poder e ambiente, Estado e território, guerra, estratégia e geografia, nas últimas décadas este campo de conhecimento agregou uma série de temas relacionados à Ecologia e Meio Ambiente, novas guerras, disputas econômicas, conflitos culturais, ideológicos, além de questões envolvendo mudanças demográficas, inovações tecnológicas, além de diferentes aspectos da Globalização. Abordagens regionais da geopolítica também consideram as relações entre geografia e poder no plano nacional, em âmbitos municipal, estadual e federal. Este é o principal motivo porque, em muitas escolas de Ensino Médio do Brasil, disciplinas intituladas "geopolítica" são destinadas à discussão de temas de "atualidades" em debate na mídia, muitas vezes fugindo de qualquer tema tradicional da geopolítica clássica5 .

Dentro da nova visão geopolítica, destaca-se a Política Ambiental devido ao peso que as questões ambientais assumiram nas relações de poder globais, onde a geopolítica é utilizada para o desenvolvimento de estudos políticos a respeito dos ambientes urbanos, rurais, agrários, fundiários, aéreo, aquáticos, além dos limites territoriais.

Geralmente considera-se que os novos temas da geopolítica mantém como cerne interpretativo o prisma nas relações entre poder-política-estratégia e geografia-ambiente-território. Outras abordagens costumam ser tratadas apenas como temas relacionados à geopolítica, e não necessariamente como parte integrante do conhecimento geopolítico. Assim, a geopolítica mantém-se voltada ao estudo da estratégia, da manipulação, da ação política, geralmente assumindo a busca, enquanto ciência, do bem maior da humanidade, dos direitos humanos à vida e à saúde, ao bem estar, à preservação do meio-ambiente geográfico, pensado enquanto fundamental para a manutenção da espécie humana na Terra. Desta forma, a geopolítica também estuda as intrínsecas relações que têm os processos ecológicos e a ação política do "animal político" que dominou de forma mais intensiva a face da Terra: o próprio Homem.

Desta forma, geopolítica não é só importante para cientistas políticos e nem somente para historiadores e geógrafos, mas de grande relevância para o Direito, pois ela abrange os Direito Urbanístico, Direito Ambiental, Direito Agrário, Direito Aéreo além de se interrelacionar com o Direito Constitucional, Direito Civil e Direito Internacional. Também se fundamenta como conhecimento básico para os que se interessam pelo estudo dos fenômenos internacionais, abarcados pelas diferentes formas de Relações Internacionais.


Teorias Geopolíticas

Existem várias e diferentes concepções teóricas a respeito da influência da geografia nos fenômenos políticos, sociais e históricos.6


O Heartland eurasiano na interpretação do teórico estrategista Halford John Mackinder em sua obra The Geographical Pivot of History de 1904.
Em linhas gerais pode-se dizer que as grandes correntes de pensamento geopolíticas derivam de processos de diálogo, oposição e síntese de duas grandes vertentes originárias, a concepção de poder naval de Alfred Thayer Mahan e a concepção de poder terrestre de Halford John Mackinder.

Mahan defendia que a potência que construísse um poder naval sem igual, capaz de dominar os oceanos e as grandes passagens entre os mares, dominaria o mundo. Mahan se baseia na história dos séculos XVI ao XIX para demonstrar que as potências vitoriosas nas grandes disputas geopolíticas foram sempre potências navais (Portugal, Holanda, Inglaterra).7

Mackinder desenvolve uma interpretação oposta, a de que existe uma região pivô na Eurásia, nunca antes conquistada por potências navais, o Heartland. Região vasta, rica em recursos naturais e energéticos, água, terra e florestas, esta região sempre foi dominada por povos nômades cavaleiros da Ásia Central (hunos, tártaros, mongóis). A potência que dominasse esta região e simultaneamente dominasse uma saída para mares abertos, poderia desenvolver um poder anfíbio imbatível, dominar toda a Eurásia e decidir o futuro do mundo.8


Planisfério terrestre.
A partir destas interpretações é que se desenvolveram concepções de estratégia geopolítica que nortearam a ação das grandes potências ao longo de parte significativa do século XX. As recomendações de Mahan nortearam a estratégia americana de construção de uma poderosa marinha bioceânica na primeira metade do século XX. As recomendações de Mackinder levaram a Inglaterra (potência naval) a se aliar à Rússia na I Guerra Mundial e à URSS na II Guerra Mundial para impedir que a Alemanha dominasse os recursos do Heartland.

Dentre os estrategistas influenciados por estas concepções destaca-se Nicholas J. Spykman, que agregou o papel do Rimland como foco de disputas centrais na história dos últimos séculos e do século XX.9

A visão geoestratégica de mundo destes teóricos influenciou diretamente importantes políticos e estrategistas do século XX, entre eles George F. Kennan, Henry A. Kissinger, John Foster Dulles e Zbigniew Brzezinski.

Novos temas de Geopolítica

Introdução

Entre o último quartel do Século XX e o início do Século XXI a Geopolítica continuou sendo o conjunto de conhecimentos interdisciplinares da Geografia tradicional, da Geologia, Ecologia, História, Ciência Política e, por decorrência, do Direito quanto ao uso de tudo que se refere ao território e conflitos sobre o espaço territorial. Porém, na Alemanha recente, a Geopolítica passou a lançar uma visão para o mundo de remanejamento do espaço para proteger a população humana, as reservas ambientais e os ecossistemas do ponto de vista social, para que, por meio da ideia de integração e cooperação entre as nações, haja um estímulo à preservação dos ambientes terrestre para as atuais e futuras gerações, contra os resultados catastróficos dos conflitos entre países vizinhos ou entre ideologias político-econômicas, como ocorreu no período da Guerra Fria entre o Capitalismo e o Socialismo. Estimula-se também a obrigação dos governos em realizar estudos geológicos e avisar a população sobre os abalos sísmicos com antecedência suficiente para que haja uma correta atividade política do ponto de vista socioambiental ou geográfico.

Nova perspectiva

Desta forma, com a pressão do complexo sistema de Direito Internacional baseado na ONU recém criada (e nos objetivos de cooperação e integração tanto regional quanto mundial) e do lançamento de uma nova Política do Meio-ambiente na própria Alemanha pós II Guerra Mundial, houve a necessidade de se expandir a visão de mundo implementada pela Geopolítica, inclusive no que se refere ao interesse histórico e econômico pelos recursos naturais e pela administração colonial dos territórios (Velha colonização das Américas e Nova colonização Afro asiática). Essa nova visão política estimulou o interesse de especialistas em Direito da Integração Ambiental e política que envolve o Direito Ambiental a desenvolverem projetos que redefiniram o campo de abrangência da Geopolítica para os Econômicos ambientais quanto à ideia de Desenvolvimento Sustentável e para que também passasse a tratar da relação do Estado com os processo ecológicos da natureza, com o problema da expansão urbanística, principalmente quanto ao impacto da civilização sobre o meio natural e com a questão do desenvolvimento rural ( impacto das atividades agrárias nos ecossistemas naturais e nos processo geológicos do meio).

A geopolítica também tende a compreender e explicar os conflitos internacionais da atualidade e as principais questões políticas da atualidade. 10

Novas abrangências dos conhecimentos Geopolíticos

Entre os novos capítulos, ou temas, dos conhecimentos geopolíticos, destacam-se: Geopolítica da Antártida, sobre o Tratado Antártico; Geopolítica do Atlântico Sul, sobre questões como defesa costeira e Zona Econômica Exclusiva; geopolítica do uso das águas fluviais e oceânicas, sobre o Tratado de Montego Bay (relações internacionais sobre o mar) e do Tratado da Bacia do Prata (Integração e cooperação regional sobre os rios, lagos e outors meios de uso das águas e navegação fluvial); Geopolítica das fontes energéticas, sobre energia eólica, biocombustíveis e petróleo (inclusive OPEP, Oriente Médio e o mundo e o pré-sal em regiões costeiras); Geopolítica dos resíduos sólidos, sobre poluição, principalmente dos rios, do ar e das cidades; Geopolítica do Espaço Sideral, sobre a possível militarização e colonização do Universo; - Geopolítica Nuclear, sobre os programas nucleares e o Tratado internacional de Não Proliferação Nuclear para fins econômicos e militares.

Atualmente, centenas de pesquisadores civis e militares estudam temas da geopolítica e estudos estratégicos no Brasil, entre os quais destacam-se: Bertha Becker, Demétrio Magnoli, Domício Proença Júnior, José William Vesentini, Theotonio dos Santos, Nelson Werneck Sodré, Yves Lacoste, Paulo Gilberto Fagundes Vizentini, José Luís Fiori e Mário César Flore.

Subdivisões interdisciplinares do estudo geopolítico

Geo-história: trata da evolução histórica do pensamento geográfico e ambiental dos líderes políticos do Estado em diversas nações desde a antiguidade, influenciado por uma preocupação sociopolítica e econômica cada vez maior com os aspectos naturais do meio em face do espaço artificial, o que abrange o desenvolvimento do conceito de "habitat" durante a história da humanidade. Este ramo de conhecimento pode ser visto por alguns especialistas em geociências e historiadores como ramo interdisciplinar ente História humana, Ciência Política e história de evolução geológica da Terra e dos Ecossistemas, interagindo conhecimentos da Terra antes da existência do homem e depois nas fases de Pré-história e História Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea até os assuntos integrados da atualidade. Entende-se, aqui, por assuntos integrados da atualidade os maiores embates militares (Guerra da Coreia, Vietnã, Conflitos no Oriente Médio, Afeganistão) que ocorreram na zona geopolítica do "Rinland", o entorno do "Heartland" da Eurásia como já explicado no tópico sobre Geografia, Geo-história e Disputas Internacionais (em Geografia Política). Ex: Geopolítica do uso das fontes minerais e do carvão, Geopolítica das Grandes Navegações, Geopolítica da Velha Colonização, Geopolítica da Nova Colonização, Geopolítica da Guerra Fria, Geopolítica da Globalização e Geopolítica da Antártida (desde que integrada com as Geopolíticas da Biodiversidade, do Clima e da Água, assim como orienta a política internacional do Tratado Antártico pela relevância de preservação do ecossistema da Antártica e da Camada de Ozônio).
Geopolítica da Biodiversidade: É ramo que trata de orientar, estrategicamente, as ações políticas locais, nacionais e internacionais para que as nações não causem profundos desequilíbrios nos ecossistemas por motivos de interesses econômicos e conflitos. Este ramo é uma interdisciplina de Ciência Política, Geografia e Geologia com Ecologia e Biologia.
Geopolítica do Clima: É o ramo que trata de mecanismos de freio às atividades econômicas e militares estratégicas por parte dos Estados para que haja integração e cooperação regional e internacional na questão das alterações climáticas lesivas. Ex: Política sobre as convenções do Clima e o Protocolo de Quioto.
Geopolítica da Energia Nuclear: É o ramo que trata da preocupação mundial com os efeitos nocivos dos programas nucleares para os ecossistemas vegetais, animais e humanos, interagindo conhecimentos de Geopolíticas Florestal, Urbanística e da Biodiversidade e de História quando se trata dos efeitos de ordem físico-química das principais guerras da humanidade e seus processos políticos no meio natural.
Geopolítica Florestal: É o ramo que trata dos efeitos da Política estatal estratégica (local, nacional e internacional) sobre as reservas florestais e seus biomas, tendo o desenvolvimento sustentável como a ideia central controladora desta política. Ex: Política econômica X Política estratégica de proteção por meio de leis como o Código Florestal Brasileiro.
Geopolítica Urbanística: É o ramo que trata da preocupação local, nacional e mundial sobre os conflitos entre as Zonas naturais de preservação permanente e as Zonas Urbanas de Crescimento e de desenvolvimento da população (inclusive os problemas urbanos das edificações, pavimentações de vias, poluições e da moradia).
Geopolítica Rural: É o ramo que trata da preocupação local, nacional e mundial sobre os conflitos entre as Zonas rurais de produção agropecuária e as Zonas de formação geológica e de preservação permanente dos ecossistemas naturais.
Geopolítica da Água: É ramo que trata de orientar a política do Estado tanto em nível local, como nacional e internacional sobre o uso das águas dos rios, lagos e oceanos para fins pacíficos, visando o desenvolvimento de programas estatais que incentivem a criação de leis e tratados de integração e cooperação sobre a importância da preservação dos recursos hídricos para as atuais e futuras gerações. Desta forma, este ramo, abrange também, os possíveis conflitos e disputas internacionais sobre o controle das águas.
Geografia Política, Geo-história e Disputas Internacionais


O fim da Segunda Guerra Mundial marca a divisão política-geográfica da Europa em dois blocos opostos, ocupados militarmente pelas potências vencedoras da guerra: EUA e URSS.
Após a II Guerra Mundial, o mundo passou por grandes transformações, de ordem social, econômica e política. Uma série de acontecimentos no cenário internacional fez com que as relações internacionais do pós-guerra fossem estudadas sob diferentes enfoques, em especial as divergências entre os Estados, mas também entre Estados e populações ou organizações. Isto ocorreu devido ao contexto mundial da metade do século XX, caracterizado por realinhamentos e novas alianças internacionais, a descolonização da África e Ásia, pelas fragmentações territoriais e os novos agrupamentos de países conforme interesses políticos e econômicos.

Esta situação da Geografia Política em nível mundial está diretamente relacionado à História Mundial e a Geografia. Porém, muitos fenômenos geográficos são ligados a situações tensas entre países, questões estratégias nacionais ou disputas entre grupos político-ideológicos ou grupos étnicos dentro de um mesmo Estado. Um exemplo são as repúblicas em que características étnicas foram fundamentais para a formação dos países. Como entender a região; países, densidade demográfica e distribuição espacial dos grupos étnicos? A geopolítica oferece um conjunto de explicações baseadas na perspectiva geográfica e política. Desta forma, utiliza-se de conhecimento tanto das divisões políticas dos países, como das demais Ciências Humanas, das Ciências Sociais Aplicadas, como a Geopolítica, que por meio de uma "Política do Meio-Ambiente", fundamenta-se nas Geociências e Ciências da Natureza.

Um exemplo evento mundial que envolve a Geografia Política, mas também estratégia e ideologia, é a Guerra Fria. A partir de 1945, constituiu-se um novo padrão de relações internacionais. O embate político-ideológico da Guerra Fria entre EUA e URSS, duas nações consideradas superpotências mundiais, pode ser interpretado em termos geopolíticos como indo muito além do simples confronto entre dois sistemas político-econômicos rivais - capitalismo e socialismo. A Guerra Fria, geográfica e politicamente, pode ser interpretado ainda como o grande embate do século XX entre a maior potência naval e a maior potência terrestre pela liderança global. Os maiores embates militares (Guerra da Coreia, Vietnã, Conflitos no Oriente Médio, Afeganistão) ocorreram na zona geopolítica do "Rinland", o entorno do "Heartland" da Eurásia (ver Teorias Geopolíticas a seguir).


As armas nucleares alteraram as Estratégias das Grandes potências, mas não eliminaram o peso da teoria política.
O primeiro resultado desta situação foi o controle da Alemanha pelos países vencedores da II Guerra Mundial, principalmente Estados Unidos, mas também Reino Unido e França. A região controlada pelas forças militares americanas e seus aliados europeus foi transformada na Alemanha Ocidental e a região controlada pelos soviéticos acabou se tornando a Alemanha Oriental. Desta forma, o antagonismo político, reforçado pelas disputas ideológicas, foi traduzido em alterações na estrutura territorial de um Estado, conforme os interesses antagônicos dos EUA e URSS.

A organização de alianças, como a aliança dos Estados Unidos da América e Europa Ocidental, na a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte em 1949, envolveu todo o entorno geográfico do Atlântico Norte. Por outro lado, a aliança militar liderada pela União Soviética criada em 1955, o Pacto de Varsóvia, envolvia toda a região continental da Eurásia conhecida como Heartland e a Europa Oriental.

A partir da década de 1950, os conflitos armados em diferentes locais do mundo, como a Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã, a descolonização da Ásia e África, a corrida espacial, a construção do Muro de Berlim, a expansão do arsenal de armas nucleares e a tentativa de criação do bloco dos países não alinhados definiram as características da geopolítica mundial naquele período fortemente influenciado pelo confronto EUA-URSS. [carece de fontes?]

Contudo, o jogo político mundial tornou-se mais complexo a partir da Détente e da ruptura sino-soviética, principalmente após a ocorrência do conflito fronteiriço sino-soviético) em 1969. Esta crise foi seguida da aproximação entre China e Estados Unidos (ver artigo: Relações sino-americanas), simbolizada pela visita do Presidente Richard Nixon à China e pelo início do processo de negociações de paz para pro fim à Guerra do Vietnã. A aproximação entre China e Estados Unidos na Segunda Guerra Fria acabou sendo materializada com o apoio americano e chinês a diversos movimentos anti-soviéticos na África (Angola) e Ásia (Afeganistão), na fase final da Guerra Fria.


Mudanças políticas-geográficas na Eurásia entre 1989 e 1991.
Com a crise econômica soviética, seguida das mal sucedidas reformas econômicas e políticas realizadas na URSS na década de 1980, grandes mudanças aconteceram na Europa Oriental. O "afrouxamento" do controle soviético aos países satélites estimulou as ondas de mudança política na Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Bulgária e Romênia. Também estimulou a queda do Muro de Berlim e a Reunificação Alemã. A Guerra do Golfo em 1991 e o fim da União Soviética em dezembro do mesmo ano, marcaram profundamente o desfecho da Guerra Fria. Estes acontecimentos e o conjunto de transformações na ordem econômica, social e política global passou a ser chamado de Nova Ordem Mundial, embora muitos preferissem chamar aquele processo de desordem mundial.

Os anos 1990 foram marcados por amplos debates a respeito de problemas que pareciam claros durante a Guerra Fria, como a polaridade e a polarização global. Inicialmente, no pós-guerra Fria, parecia se conformar um mundo unipolar no plano estratégico-militar, e multipolar no plano econômico, marcado pela formação ou consolidação de blocos econômicos regionais ou continentais, como a União Européia, o NAFTA, o Mercosul, a ASEAN. Inicialmente os interesses das corporações internacionais pareciam se sobrepor aos dos Estados Nacionais, especialmente com a hegemonia ideológica do neoliberalismo e o Consenso de Washington. Muitos autores chegaram a anunciar o fim da Geografia Política ou mesmo o Fim da história, quando, ao menos aparentemente, não haveria novas disputas geopolíticas ou ideológicas no mundo.

Entretanto a Geografia Política nos anos 1990 não foi marcada pela paz e estabilidade, mas por diversas guerras como a da Somália, Iugoslávia,11 Ruanda, Sérvia-Kosovo, a continuidade das guerras civis em Angola, Sudão e Colômbia, além de crises econômicas com graves consequências políticas. A Crise do México em 1994 foi seguido da Crise asiática de 1997 e da Crise russa de 1998, que também atingiram o Brasil, provocando a brusca desvalorização do real de 1999. Esses acontecimentos ajudaram a corroer lentamente o Consenso de Washington e a crença liberal no Fim da História e da Geopolítica.12

Esta tendência se manteve no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, quando ocorreram grandes protestos de movimentos de ideologia altermundialista ou contra o neoliberalismo, como os ocorridos em Seattle (1999) e ou em Gênova (2000) contra o G8, ainda o primeiro Fórum Social Mundial em 2001. Estes eventos tiveram como contexto as crises dos anos 1990, a falência da Enron e a crise da bolsa americana da Nasdaq em 2000, e, por fim, a Crise econômica da Argentina em 2001.

A instabilidade global foi aprofundada pela sensação de insegurança generalizada, ligada aos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001 e aos novos conflitos armados subseqüentes, como a invasão e ocupação americana do Afeganistão13 a partir de 2001, e a Invasão do Iraque em 2003,14 seguida da ocupação permanente deste país. A militarização de extensas regiões do globo e a redefinição do papel da OTAN, foi acompanhada do surgimento de novas tensões estratégicas entre EUA e Rússia - envolvendo o projeto de um escudo antimísseis americano -, além do terrorismo na Ásia Central, acabaram produzindo novas alianças internacionais como a Organização de Cooperação de Xangai em 2001. A crise econômica de 2007-2008 reforçou a percepção de instabilidade intrínseca ao Sistema Internacional, especialmente diante de novos conflitos geopolíticos como a Guerra da Geórgia em 2008.

As atuais guerras, crises e as mudanças na geopolítica do petróleo,15 16 dos recursos naturais e humanos, parecem indicar que a Geopolítica continuará sendo uma abordagem relevante para interpretar a realidade global.

Geopolítica do Brasil


Localização da América do Sul.
No território brasileiro também se configuram características e situações que envolvem a geopolítica - principalmente de acordo com as características sócio-econômicas das diferentes regiões do país, o desenvolvimento sustentável brasileiro, os conflitos entre o desenvolvimento agrário e populacional e os biomas nativos na zona rural e o crescimento urbanísitico, incluindo a inserção do país na economia internacional, tendo como destaque a negociação com grandes blocos e a formação de entidades supranacionais, como o Mercosul17 e a UNASUL.18 Desta forma, a geopolítica do Brasil está intrinsecamente ligada à Geopolítica da América do Sul19 20

Além disso, áreas importantes do país configuram o cenário geopolítico brasileiro, como o litoral marcado pelas ricas reservas de petróleo, incluindo o pré-sal nacional, o Rio Prata, incluindo o Ecossistema do Pantanal Matogrossensse, e a Floresta Amazônica,21 seja a Amazônia Legal ou a Amazônia internacional, além das fronteiras do país.

Temas sensíveis relacionados à Geologia, Geografia e à terra como a reforma agrária, aos estudos de planejamento urbano (Plano Diretor dos municípios) ou ainda as relações entre o Estado e a sociedade, ou entre o governo Federal e as regiões, no que tange à administração ambiental das áreas naturais-administrativas, são objetos da geopolítica do Brasil.22

Temas como a geopolítica da fome, da Antártica e do Atlântico Sul e das águas fluviais do Rio Prata têm sido mais intensamente estudados na atualidade brasileira, principalmente porque interessam diretamente ao Brasil e seus vizinhos, tanto pelas perspectivas de cooperação e integração regional, como pelas disputas internacionais históricas ainda existentes, como devido às perspectivas futuras de disputas envolvendo o controle sobre recursos naturais estratégicos.


Mar Territorial e Zona Econômica Exclusiva do Brasil no Atlântico Sul.
Neste sentido a questão ambiental, territorial e as diferentes formas de disputas fronteiriças estão permeados pelas disputas envolvendo a delimitação do mar territorial e da zona econômica exclusiva, de grande relevância atualmente tanto para a pesca como para a exploração do subsolo marinho, especialmente de petróleo em alto mar.

Concepções recentes de geopolítica também consideram as modernas redes de comunicação23 como a internet, a partir da chamda geopolítica do ciberespaço. O ciberespaço pode ser considerado elemento de análise geopolítica na medida em que este envolve uma base física, uma infra-estrutura geograficamente distribuída: os "troncos de fibra óptica"24 e os satélites.25 Estes elementos estão relacionados tanto às comunicações para fins civis como para fins militares (ver artigo ARPANET), à guerra eletrônica e também à militarização do espaço sideral, que vem sendo ampliada com a criação de comandos ou forças espaciais em diferentes Forças Armadas do mundo.

Como grandes nomes dos estudos geopolíticos clássicos no Brasil, podemos citar Josué de Castro, Mário Travassos, Carlos de Meira Mattos, Golbery do Couto e Silva, Therezinha de Castro e José Oswaldo Meira Penna.

Os estudos envolvendo temas de geopolítica, na atualidade, incluem inúmeros pesquisadores em diferentes centros de estudo e pesquisa das grandes Universidades brasileiras, principalmente ligados às áreas de Geografia, Geologia, Ecologia, Climatologia, Ciência Política, Política Internacional, Estudos Estratégicos e de Segurança e Defesa (principalmente sob aspecto ambiental).